Do olhar colonial à visualidade digital: paisagem, poder e colapso
DOI:
https://doi.org/10.11606/2175-974x.virus.v30.239933Palavras-chave:
Paisagem, Visualidade digital, Colonialismo, Arte, Colapso da modernizaçãoResumo
O artigo investiga a Paisagem como uma construção histórica de poder, na qual convenções culturais se consolidam como expressões naturais do mundo. Busca-se compreender de que modo a passagem do olhar colonial para as formas digitais de visualidade prolonga hierarquias herdadas e, ao mesmo tempo, abre caminhos para outras práticas críticas e poéticas. A pesquisa parte da hipótese de que a modernidade e o colonialismo permanecem interligados nas estruturas técnicas e simbólicas que moldam a percepção contemporânea. Metodologicamente, combina análise teórica e leitura interpretativa de obras que relacionam arte, tecnologia e ecologia, privilegiando aquelas que questionam o vínculo entre representação e controle. A abordagem é interdisciplinar, integrando perspectivas da filosofia, geografia, antropologia e artes visuais, com ênfase nas contribuições da crítica do valor e do pensamento decolonial. Os resultados apontam que o olhar digital não rompe com o passado colonial, mas o reconfigura por meio de dispositivos algorítmicos que regulam a visibilidade e a produção de sentido. Nesse cenário, a arte é tomada como prática de tradução e confronto entre saberes, capaz de instaurar diálogos entre cosmologias e técnicas distintas e propor outras formas de relação entre imagem, território e vida, orientando uma práxis que une reflexão, sensibilidade e transformação social.
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