A pluralidade epistêmica do território na crítica ao urbanocentrismo
DOI:
https://doi.org/10.11606/2175-974x.virus.v30.239959Palavras-chave:
Urbanocentrismo, Territórios dissidentes, Práxis territorial, Espaços-outrosResumo
A centralidade da cidade e do urbano como categorias analíticas, normativas e projetuais tem operado como impulsionadora da padronização de modelos e problemas no campo da Arquitetura e Urbanismo, condicionando o pensamento espacial a lógicas hegemônicas, urbanas e produtivistas. Mas, como pensar espaços e territórios para além do viés urbanocentrado e das categorias que o sustentam como centro epistemológico e projetual? Inserido no debate sobre Práxis, Interlocuções e Confrontações, no artigo, articulam-se saberes tradicionais e críticos do urbano objetivando confrontar a centralidade da cidade e do urbano como categorias analíticas, normativas e projetuais, ancorando-se na revisão bibliográfica, em estudos de caso — Terra Indígena Potiguara e Quilombo Paratibe — e no diálogo com epistemologias dissidentes. Os resultados indicam que essas territorialidades desafiam o urbanismo tradicional ao afirmar práticas baseadas em coletividade, ancestralidade e vínculo espiritual com a terra. Tais experiências evidenciam que a superação das hegemonias urbanas exige diálogos multilaterais entre epistemologias, por meio de uma práxis territorial que articule saberes técnicos e comunitários. Conclui-se que confrontações e interlocuções entre diferentes racionalidades territoriais constituem não apenas uma abordagem metodológica, mas uma condição política e epistêmica para pluralizar o campo e enfrentar os regimes de poder que estruturam a colonialidade do saber urbano.
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