Tecnologia vernacular das mulheres Guarani Mbya e patrimônio cultural biodiverso
DOI:
https://doi.org/10.11606/2175-974x.virus.v30.239974Palavras-chave:
Tecnologia vernacular, Patrimônio cultural biodiverso, Mulheres guarani mbya, Colonialidade arquitetônicaResumo
Este artigo trata sobre a tecnologia vernacular do pensamento arquitetônico das mulheres guarani mbya como patrimônio cultural biodiverso e prática de resistência frente à colonialidade arquitetônica. Objetiva-se evidenciar o conceito de corpo-território, no qual natureza, gênero e cultura formam um sistema integrado. Para isso, parte-se do estudo dos trançados em bambu, utilizados nos artesanatos e considerados sagrados, sendo associados ao mito de criação feminina. Analisa-se como a imposição de modelos arquitetônicos hegemônicos, especialmente durante as reduções jesuíticas, apagou conhecimentos construtivos ancestrais e desqualificou modos de habitar e cosmovisões não ocidentais. A metodologia baseia-se em processos participativos em aldeias guarani, envolvendo oficinas e ações que integram arquitetura, etnobotânica, antropologia e estudos de gênero, promovendo a troca horizontal entre saberes orais e acadêmicos. Os resultados demonstram que o trançado não é apenas artefato material, mas um dispositivo de memória viva e uma prática política de preservação cultural. A pesquisa dialoga com o tema da edição da revista V!RUS ao transformar conflitos históricos em ações e práticas concretas e dialógicas. O trabalho aborda a ecologia de saberes ao articular diálogos interculturais e insurgentes, fortalece a herança cultural invisibilizada e aponta caminhos para práticas construtivas enraizadas no território, frente às dominações
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