Soberania e tecnodiversidade
DOI:
https://doi.org/10.11606/2175-974x.virus.v30.240239Palavras-chave:
Soberania digital, Dataficação, Tecnodiversidade, Inteligência artificial, Infraestruturas soberanasResumo
O texto trata da relação entre tecnologia, soberania e tecnodiversidade. Tem, entre seus objetivos, desconstruir a ideia de que a tecnologia é neutra, de que a extração massiva de dados é um caminho que tem que ser trilhado a qualquer custo e de que é possível fazer desenvolvimento independente de tecnologias associando-se ao ecossistema nativo das Big Techs. Para isso, recorre aos principais formuladores do pensamento sociotécnico, a partir da entrada em cena da cibernética até os dias atuais, e discute as implicações políticas da Inteligência Artificial baseada em dados e apresenta importantes disputas em torno do conceito de soberania. Aponta a IA, os data centers e os provedores de nuvem como instrumentos geopolíticos. Apresenta a perspectiva da soberania digital que viabiliza a tecnodiversidade e a inserção de outras cosmovisões no desenvolvimento tecnológico. Essa perspectiva vai ao encontro da construção dos diálogos multilaterais relacionados à política de dados e desenvolvimento do ecossistema de IA, no âmbito de organismos como BRICS, e confronta a posição imperialista dos Estados Unidos de tentar impor, ao resto do mundo, o modelo de negócios e os produtos desenvolvidos por suas Big Techs, ampliando a dependência e subordinação dos países do Sul.
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