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A estreia da arte brasileira na Exposição Internacional de Arte de Veneza (1950)

Meninos abraçados – Cândido Portinari (Fonte: Google ArtsandCulture)

“Após uma falida tentativa de estreia na 24ª Bienal de Veneza (1948), o Brasil fez seu debuto na 25ª edição (1950), sob gestão e financiamento de Francisco Matarazzo Sobrinho”. Dunia Roquetti, autora do artigo publicado na mais recente edição da revista ARS, reconstrói o percurso de afirmação de Matarazzo junto à entidade italiana e à luz dos registros históricos referentes à recepção deste debuto, neste artigo que examina o duplo lugar concedido à arte brasileira pela mídia internacional: um, repleto de descaso, ao reproduzir exaustivamente o texto do catálogo expositivo produzido pelos próprios brasileiros, ao posto de uma análise personificada e séria do conjunto; outro, propagador de estereótipos, como “espírito primitivo indígena”, “truculência popularesca”, “iconografia exótica e violenta” e “primitivismo selvagem”.”

Ainda segundo a autora, “Para a organização da sala brasileira, o antigo MAM montou uma comissão seletiva na qual participou Sérgio Milliet, Lourival Gomes Machado, Quirino da Silva e Ciro Mendes.” (p. 183).

Roquetti conclui seu artigo afirmando “que a recepção crítica da arte brasileira na estreia em Veneza subtraiu desta qualquer mínima possibilidade de discussão ou imersão estética expositiva. Se o dinheiro e os benefícios de Matarazzo ocuparam um lugar de valor nos bastidores curatoriais, não é possível confirmar o mesmo para a dimensão artística. Nesta perspectiva, incorporando o recurso binário por eles aplicado, parece factível, por fim, abonar: primitivos, porém economicamente atrativos.

Confira o artigo original na íntegra, que acaba de ser publicado na revista ARS:

Roquetti, D. (2023). A estreia da arte brasileira na Exposição Internacional de Arte de Veneza (1950). ARS (São Paulo)21(47), 164-197. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2023.205384

Saiba mais sobre a revista ARS

A revista Ars – https://www.revistas.usp.br/ars é uma publicação quadrimestral do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo que reúne trabalhos relevantes no debate da arte produzidos no meio universitário e fora dele. Propõe um foco ampliado na abordagem conforme, ademais, as exigências da própria produção artística contemporânea. Com isso, objetiva contribuir no debate cultural para além dos muros da universidade e interrogar as próprias perspectivas da arte no contexto contemporâneo. Ao mesmo tempo, valoriza a área teórica e a contribuição de disciplinas mais antigas, como a filosofia, a estética e a história da arte, ainda que frequentemente se trate de confrontar ou apontar os limites dessa tradição em face dos desafios da situação contemporânea. Ars tem interesse em divulgar, ao lado dos trabalhos dos artistas, críticos, historiadores de arte e alunos de pós-graduação do Departamento de Artes Visuais colaborações de pesquisadores, artistas, intelectuais e outros profissionais do meio artístico, favoráveis à experimentação e à pesquisa teórica especializada. 

Ars conta, atualmente, com versão eletrônica (ISSN 2178-0447) e recebe submissões em fluxo contínuo.

A revista é indexada no SciELO, LatinIndex, DOAJ e Portal de Revistas da USP. Classificação Qualis/Capes para áera de Artes/Música: A1

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