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Artigo comprova contribuições transformadoras das artes para estudantes de medicina

Release de Margareth Artur para o Portal de Revistas da USP, São Paulo, Brasil

Medicina e Arte são duplas improváveis? Pelo contrário, a multiciplinaridade é uma característica do mundo moderno aplicada em várias situações, assuntos e contextos. A complexidade humana repousa, justamente, no amálgama de pensamentos, conceitos, teorias e sentimentos diferentes, e, muitas vezes, aparentemente opostos, como é o caso da Medicina e da Arte. Esse é o tema do artigo da Revista de Medicina, cujos autores propõem um olhar inovador para a questão. Duas áreas do conhecimento humano que se completam sucitam “debater artes durante a graduação  pode ser uma forma criativa de desenvolver novas percepções e perspectivas para estudantes de medicina“. Aliar o conhecimento técnico médico às artes  e estimular “atividades físicas em um ambiente lúdico, continua sendo um desafio“.

Os autores traçam uma análise para verificação dos benefícios e enriquecimento que a arte proporciona aos estudantes de graduação de Medicina, tendo como ponto de partida a criação de um Programa Extracurricular  de Aperfeiçoamento Global de Estudantes de Medicina (GIPMS)  da Universidade de Fortaleza, que incluiu encontros abrangendo diversas inspirações artísticas. Esse Programa permitiu aos pesquisadores observar percepções, sentimentos e reflexões para proporcionar debates importantes“. Participaram do Programa 15 homens e 25 mulheres durante um ano, resultando em ação inovadora na qual se trabalharam sentimentos, reflexões, conquistas, medos e superação que estimularam mudanças importantes no comportamento do futuro médico, na medida em que se humanizou a relação médico paciente.

Segundo o artigo, a educação médica não prescinde da capacitação do profissional em escutar, em desenvolver a sensibilidade para discernir o melhor tratamento para a doença do paciente, atentando para sua fala, suas expressões, levando em conta suas realidades socias e econômicas, enfim, enxergando o paciente a partir de seu contexto, “para além de suas condições clínicas,  em um modelo de atenção integral centrado na pessoa que  adoece“.  Para haver uma atenção plena é urgente que a formação dos estudantes de Medicina inclua desafios como introduzir, por exemplo, a arte no cotidiano das salas de aula, já que novas necessidades se apresentam indispensáveis para a formação integral do médico como indivíduo e como agente mantenedor da saúde integral do doente.

Os autores relatam que a pesquisa contou com “estímulos artísticos”, tendo como consequência o desenvolvimento de ideias, sentimentos e lembranças, corroborados pelo período longo do tempo “dedicado às artes e às  reflexões“, a constatação da relevância da “ligação entre as artes e a vida e a  produtividade acadêmica“, resultando em ações transformadoras “proporcionadas pelos estímulos  artísticos” aplicados. As artes como o teatro e a fotografia, por exemplo, são instrumentos de reflexão sobre a realidade e as questões humanas, auxiliando no nascimento de uma visão de mundo mais ampla, mais interessante, com mais lazer e menos estresse.

A convivência da arte com a ciência, no caso, das artes com a Medicina concede “qualidades humanísticas em consultas rápidas, superficiais  e operacionais“, quando há a empatia entre médico e paciente, situações que se concretizam pela convivência com as “artes, a  literatura, a bioética e a espiritualidade“. Finalizando, os autores confirmam a importância do Programa em estimular debates sobre temas como saúde mental, emocional e física,que auxiliam, nas palavras dos próprios  alunos, na “inspiração para mudanças de  perspectivas e atitudes, além de proporcionarem ganhos  na vida acadêmica“.

Artigo

MESQUITA, D. A. K. de; TEMPSKI, P. Z.; MAIA, F. M.; CUNHA, T. S. L.; PAIVA, L. B.; BAQUIT, M. P.; CORREA, R. V.; GIAXA, R. R. B. Belas artes para estudantes de medicina: motivando debates transformadores. Revista de Medicina, São Paulo, v. 101, n. 2, e-189268, 2022. ISSN: 1679-9836. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v101i2e-189268. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/189268. Acesso em: 18 abr. 2022.

Contatos

Daniel Araujo Kramer de Mesquita – Residente de Psiquiatria do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto, Fortaleza, CE. danielkramer@edu.unifor.br

Patricia Zen Tempski – Pediatra e professora Adjunta da Universidade de São Paulo. patricia.tempski@fm.usp.br

Fernanda Martins Maia – Neurologista, professora Adjunta da Universidade de Fortaleza e co-orientadora do Programa de Educação Tutorial vinculado ao Ministério da  Educação do Brasil. fernandamaia@unifor.br

Thais Saraiva Leão Cunha – Residente de Medicina de Emergência do Instituto Dr. José Frota em Fortaleza, CE. thaissaraiva@gmail.com

Larissa Barbosa Paiva – Médica pela Universidade de Fortaleza, CE. lbplari@hotmail.com

Mariana Pontes Baquit –  Médica pela Universidade de Fortaleza, CE. marianapbaquit@gmail.com

Rafaela Vieira Correa – Professora Adjunta da Universidade de Fortaleza e tutora do Programa de Educação Tutorial vinculado ao Ministério da Educação  do Brasil. rafaelavieiracorrea@gmail.com

Renata Rocha Barreto Giaxa – Professora Adjunta da Universidade de   Fortaleza, CE. renatagiaxa@gmail.com

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