A cidade-jardim: os conjuntos residenciais de fábricas (Brasil, 1918-1953)
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-4714v22n1a06Resumo
Este artigo analisa um conjunto de planos de vilas operárias e núcleos fabris concebidos no Brasil, seguindo - de forma mais ou menos fiel - postulados e ferramentas de projeto difundidos no âmbito do urbanismo das cidades-jardim. Mostra como o urbanismo das cidades-jardim encontrou campo de aplicação em projetos desta natureza no país na primeira metade do século XX, sobretudo nas décadas de 1920, 1930 e 1940. A abordagem destaca três questões: o número significativo de projetos produzidos, suas características e suas referências projetuais. Nesse sentido, o trabalho aborda como se deu a apropriação e reelaboração das cidades-jardim em 14 empreendimentos ligados a fábricas, projetados por profissionais - sobretudo engenheiros e arquitetos - como Ângelo Bruhns, Lincoln Continentino, Ângelo Murgel, Attilio Correa Lima, Francisco Baptista de Oliveira, Abelardo Soares Caiuby e Romeu Duffles. Assinala como estratégias e procedimentos projetuais vinculados aos modelos espaciais das cidades-jardim foram, na maioria das vezes, aplicados de forma parcial e restrita, postura associada aos requisitos de economia que regem os empreendimentos industriais e à urgência como alguns destes conjuntos foram erguidos, exigindo - em alguns casos - que o plano se moldasse ao já construído ou em construção. Destaca o uso, em algumas dessas ocorrências, de fundamentos e ferramentas de projeto empregados e propostos por urbanistas como Barry Parker e Raymond Unwin, bem como as qualidades excepcionais do projeto da vila operária da Companhia Commercio e Navegação, localizada em Niterói (RJ), pela utilização abrangente desse método de projeto, integrando urbanismo, arquitetura e paisagem.Downloads
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Publicado
2014-06-01
Edição
Seção
Estudos de Cultura Material
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Como Citar
CORREIA, Telma de Barros. A cidade-jardim: os conjuntos residenciais de fábricas (Brasil, 1918-1953) . Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 22, n. 1, p. 161–198, 2014. DOI: 10.1590/0101-4714v22n1a06. Disponível em: https://revistas.usp.br/anaismp/article/view/86776.. Acesso em: 28 jan. 2025.