Trauma e possíveis caminhos para a cura em O olho mais azul: a história de Pecola e a narração de Cláudia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i27p139-162Palavras-chave:
Literatura Norte-americana, Literatura Afro-americana, Trauma, Toni Morrison, O Olho Mais AzulResumo
O Olho Mais Azul traz a história de Pecola, uma menina negra que sofre diferentes formas de discriminação e abuso devido àcor de sua pele. Como resultado de toda a dor e sofrimento (incluindo um estupro incestuoso) a que a garota é subjugada, elaacaba por perder sua sanidade. Portanto, um dos objetivos deste artigo é o de analisar como o trauma é representado no livro, considerando as muitas microagressões às quais Pecola é exposta e que resultam em traumatização insidiosa. Considerando que a história da jovem é revisitada anos depois por Cláudia, sua amiga de infância, este trabalho também busca examinar alguns caminhos para a cura que a narradora parece sugerir. A fim de cumprir esses objetivos,alguns conceitos relacionados atrauma são apresentados e analisados em relação à sua representação no livro. Além disso, o papel crucial do conhecimento e cultura afroamericanas para a sobrevivência de Cláudia também é discutido. O resultado desta análise mostra que a narrativização é apresentada como possível cura para a traumatização de uma comunidade e que a conexão com valores afro-americanos pode auxiliar ainda mais nesse processo.
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