O estrangeiro na ordem do discurso: sujeito e poder
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i10p63-72Palavras-chave:
Discurso, estrangeiro, monstruosidade, subjetividadeResumo
Este trabalho busca interpretar alguns efeitos identitários em O Estrangeiro, de Albert Camus. A partir das formulações de Michel Foucault, que apontam a relação entre discurso, sujeito e poder, desenvolvemos um percurso analítico concentrado nos discursos enunciados que, ao subjetivarem o criminoso, identificam-no como um sujeito monstruoso. Para tanto, mobilizamos prioritariamente as séries enunciativas que marcam a indiferença e a insensibilidade na relação mãe e filho, além daquelas que delineiam o ateísmo e o ceticismo do enunciador-personagem. Finalmente, damos visibilidade aos efeitos de sentido que expõem as marcas identitárias que excluem e condenam o sujeito.
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