A morte do autor: um retorno à cena do crime
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i12p161-171Palavras-chave:
Autoria, história do autor, morte do autorResumo
O questionamento radical do sujeito cartesiano promovido pela crítica pós-estruturalista a partir da década de sessenta do século passado abriu caminho para a reformulação do conceito de “autor”. Entendido anteriormente como marcado pela imaginação criadora capaz de dar origem a grandes obras literárias, percebidas como expressões universais e supremas do espírito humano, começa o autor a perder a sua força cultural à medida que as novas teorias declaram a sua morte ou restringem a sua atividade anteriormente sacralizada a uma “função autoral” que tem por objetivo a prática repressora da disseminação incontrolável de sentido. O presente ensaio pretende revisitar o momento iconoclasta da morte do autor, com o objetivo de avaliar possíveis contribuições para o pensamento de uma ética da leitura no momento contemporâneo.
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