Roland Barthes na revista Língua e Literatura (USP)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i14p76-90Palavras-chave:
Roland Barthes, Estudos de Recepção, Relações Brasil-FrançaResumo
Este artigo visa a descrever e analisar a recepção às obras de Roland Barthes na crítica universitária paulista tendo como corpus a revista uspiana Língua e Literatura, criada em 1972 e ainda em circulação. A seleção dos conceitos barthesianos presentes nos artigos da revista evidencia a dinâmica que rege a percepção da imagem de Barthes a cada momento histórico brasileiro: de líder do estruturalismo, nos anos 70, a libertário pós-moderno, nos anos 2000, apontando não só para uma diferença de valorização de seus escritos, como também para a mudança de perfil dos críticos acadêmicos.
Downloads
Referências
ANDRADE, M. L. da C. V. de O. “Digressão : palavra desviante ou estratégia argumentativa ?” Língua e Literatura, São Paulo, no 23, p. 121-149, 1997.
BARTHES, R. Œuvres complètes. Edição de Éric Marty. Paris: Seuil, 2002, 5v.
_____. Essais critiques IV. Le Bruissement de la langue, Paris, Seuil, 1984.
_____. “A morte do autor”; “Da obra ao texto”. O Rumor da língua. Tradução de Mário Laranjeira, revisão de Andréa Stahel M. da Silva. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p. 57-64; 65-75.
_____. “A Retórica Antiga”. In COHEN, Jean, et al. Pesquisas de retórica. Petrópolis (RJ): Vozes, p. 147-221.
_____. Análise estrutural da narrativa (seleção de ensaios da revista Communications no 8, 1966). Tradução de Maria Zélia Barbosa Pinto. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1971.
_____.Mythologies. Edição ilustrada estabelecida por Jacqueline Guittard. Paris: Seuil, 2010.
BERNARDINI, A. F. “Do prazer e do divertimento – Estudo sobre Barthes e Palazzeschi”. Língua e Literatura, São Paulo, no 6, p. 37-42, 1977.
CAMPOS, M. do C. “Borges e Drummond em seita blasfema: a Biblioteca e a Torre”. Língua e Literatura, São Paulo, no 16, p. 43-52, 1987-1988.
CANDIDO, A. Formação da Literatura brasileira : momentos decisivos. Belo Horizonte: Editora Itatiaia Ltda., 2000 (1959), 2v.
CARONI, I. “Fábula e trama”. Língua e Literatura, São Paulo, no 3, pp. 157-170, 1974.
CHIAPPETTA, A. “‘Não diferem o historiador e o poeta…’ O texto histórico como instrumento e objeto de trabalho”. Língua e Literatura, São Paulo, no 22, pp. 115-34, 1996.
CORTEZ, I. C. “Narração e metalinguagem em Grande sertão: veredas”. Língua e Literatura, São Paulo, no 2, pp. 63-91, 1973.
DANTAS, I. “Os índices da peça de teatro: Deus lhe pague”. Língua e Literatura, São Paulo, no 4, pp. 205-223, 1975.
DOSSE, F. História do estruturalismo. Tradução de Álvaro Cabral, revisão de Márcia Mansor D'Alessio. Bauru (SP) : Edusc, 2007, 2v.
DURÃO, F. A. Teoria (literária) americana: uma introdução crítica. Campinas (SP): Autores Associados, 2011a.
_____. “Do Texto à Obra”. Alea, Rio de Janeiro, vol. 13, no 1, janeiro-junho 2011b, p. 67-81.
ECHEVERRÍA, L. N. “ ‘Há cavalos noturnos : mel e fel’ ”. Língua e Literatura, São Paulo, no 2, p. 31-47, 1973.
_____. “Tres Novelitas burguesas y lo aleatorio de los eventos”. Língua e Literatura, São Paulo, no 7, p. 157-174, 1978.
FIORIN, J. L. “A pessoa subvertida”. Língua e Literatura, São Paulo, no 21, p. 77-107, 1994-1995.
FONSECA, C. A. da. “O Signo entre o texto e o contexto (projeto de uma análise integral)”. Língua e Literatura, São Paulo, no 4, p. 33-58, 1975.
GREIMAS, A. J. Semântica estrutural: pesquisa de método. Tradução de Hakira Osakabe e Izidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix, 1976 (1966).
HEISE, E. D. P. “A Escritura de Günter Eich enquanto epifania”. Língua e Literatura, São Paulo, no 9, pp. 117-122, 1980.
HJELMSLEV, L. Prolegômenos a uma teoria da linguagem. Tradução de Teixeira Coelho Netto. São Paulo: Perspectiva, 2009 (1968).
LEITE, L. C. M. “Mestre em tempo do contra”. Língua e Literatura, São Paulo, no 8, 1979, pp. 147-164.
MACHADO, I. A. “Texto como enunciação. A abordagem de Mikhail Bakhtin”. Língua e Literatura, São Paulo, no 22, 1996, pp. 89-105.
MARINHO, M. C. N. “Representação das linguagens sociais no romance : desencontro cultural e ideológico em São Bernardo, de Graciliano Ramos”. Língua e Literatura, São Paulo, no 22, 1996, pp. 123-135.
NÓBREGA, M. H. da. “Jorge Luis Borges : o sentido latente no leitor”. Língua e Literatura, São Paulo, no 20, 1992-1993, p. 137-142.
PAIS, C. T. “Algumas reflexões sobre os modelos em linguística”. Língua e Literatura, São Paulo, no 9, 1980, pp. 89-116.
PASTA Júnior, J. A. “Um projeto de Pierre Menard”. Língua e Literatura, São Paulo, no 4, 1975, pp. 285-304.
PERRONE-MOISÉS, L. Com Roland Barthes. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.
_____. “Les modes de l’action dans Le Rouge et le noir”. Língua e Literatura, São Paulo, no 1, 1972, pp. 185-203.
PONTIERI, R. “Roland Barthes e a escrita fragmentária”. Língua e Literatura, São Paulo, no 17, 1989, p. 81-98.
SANTILLI, M. A. “Em Camões e nos poetas inconfidentes : uma questão de tópica e/ou de influência literária”. Língua e Literatura, São Paulo, no 5, 1976, pp. 229-246.
VARA, T. P. “Correspondências”. Língua e Literatura, São Paulo, no 17, 1989, p. 181-196.
WILLEMART, P. “Psychanalyse et traduction”. Língua e Literatura, São Paulo, no 4, 1975, p. 505-509.
_____. “La jouissance singulière de Swann et la petite phrase de Vinteuil”. Língua e Literatura, São Paulo, no 15, 1986, p. 163-170.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).