Da enunciação da verdade ao enunciado do gozo: o mito
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2007.38081Palavras-chave:
saber, verdade, gozo, Lacan, Hegel, HeideggerResumo
Em seu Seminário XVII, O avesso da psicanálise, há duas afirmações de Lacan sobre o mito. A primeira é a de que o mito é um saber como verdade; segunda: o mito é um enunciado do impossível. Não me parece imediatamente evidente como estas duas afirmações podem ser articuladas. Tentarei, assim, chegar à segunda afirmação partindo da primeira, mas farei também o esforço de mostrar como a passagem de uma à outra é necessária, e como ela se dá ao longo do percurso de Lacan. Nesse percurso serão importantes pequenas passagens por Hegel, Platão e Heidegger. O percurso que se realiza entre as duas dimensões do mito é um percurso que vai da enunciação da verdade ao enunciado do gozo. Para que esse percurso pudesse ser feito, Lacan teve que acrescentar ao par hegeliano, saber e verdade, um terceiro elemento, o gozo – um elemento ausente nos primeiros anos de seu ensino.
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