Da enunciação da verdade ao enunciado do gozo: o mito

Autores

  • Cláudio Oliveira Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2007.38081

Palavras-chave:

saber, verdade, gozo, Lacan, Hegel, Heidegger

Resumo

Em seu Seminário XVII, O avesso da psicanálise, há duas afirmações de Lacan sobre o mito. A primeira é a de que o mito é um saber como verdade; segunda: o mito é um enunciado do impossível. Não me parece imediatamente evidente como estas duas afirmações podem ser articuladas. Tentarei, assim, chegar à segunda afirmação partindo da primeira, mas farei também o esforço de mostrar como a passagem de uma à outra é necessária, e como ela se dá ao longo do percurso de Lacan. Nesse percurso serão importantes pequenas passagens por Hegel, Platão e Heidegger. O percurso que se realiza entre as duas dimensões do mito é um percurso que vai da enunciação da verdade ao enunciado do gozo. Para que esse percurso pudesse ser feito, Lacan teve que acrescentar ao par hegeliano, saber e verdade, um terceiro elemento, o gozo – um elemento ausente nos primeiros anos de seu ensino.

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Biografia do Autor

  • Cláudio Oliveira, Universidade Federal Fluminense
    Professor de Filosofia da Universidade Federal Fluminense

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Publicado

2007-06-09

Edição

Seção

Nao definda

Como Citar

Oliveira, C. (2007). Da enunciação da verdade ao enunciado do gozo: o mito. Discurso, 36, 273-286. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2007.38081