Graus de concessão: as dinâmicas do inesperado
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2020.172392Palavras-chave:
Semiótica, Abordagem tensiva, Graus de concessãoResumo
Com os desdobramentos da abordagem tensiva, a semiótica se abre para a vetorialização de dicotomias e para uma investida clara no tratamento operacional dos processos. Partindo do próprio cerne dos mecanismos preconizados por essa vertente teórica, o artigo apresenta uma via de acesso à dinamização da oposição entre implicação e concessão, propondo graus de concessão cuja amplitude é demarcada desde a concessão mais tênue possível, que tem como correlato a implicação forte, ou manutenção exata da expectativa criada, até, no outro extremo, ao ápice da quebra de expectativa no “acontecimento”. Trazer esse dinamismo nos possibilita entender melhor as demandas perceptivas de um texto e até mesmo criar desenhos tensivos, medindo o impacto de cada quebra em vista da expectativa criada e do desenvolvimento proposto.
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