Traduções e distanciamentos: alguns modelos literários em "Helena" (1876), de Machado de Assis
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2014.114885Palavras-chave:
Machado de Assis, romance, modelos literários, estética da recepçãoResumo
Este ensaio desenvolve uma leitura de dois modelos literários contidos no romance Helena (1876), de Machado de Assis. Considera-se o horizonte de expectativas do leitor de romances no Brasil do século XIX e o modo pelo qual Machado de Assis influencia no debate sobre a chamada literatura da “cor local”, tema tratado por ele no ensaio “Notícia da atual literatura brasileira. Instinto de nacionalidade”, de 1873, e tornado matéria estruturante de seus romances. Veremos que há dentro do espaço ficcional de Helena uma tensão entre local e universal, representada tanto pela citação direta de romances como Manon Lescaut e Paulo e Virgínia, como pela incorporação em seu tecido narrativo dos arquétipos existentes nos romances-folhetim. Ao parodiar, “traduzir” e retrabalhar referências literárias tanto nacionais como estrangeiras a prosa machadiana desse período critica alguns princípios norteadores da produção literária brasileira, questionando modelos de literatura e refletindo sobre eles.
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