Feitiço e fetiche no Atlântico moderno
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-77012008000100005Palavras-chave:
feitiçaria, fetiche, fetichismo, Atlântico, África Ocidental, historicidadeResumo
Nesse artigo proponho descrever o processo histórico no qual o discurso da fetiçaria e o feitiço se transformou no discurso do fetichismo. Primeiro, vamos analisar o discurso da feitiçaria no mundo lusófono. Depois, vamos contrastar esse discurso com a formação da Mandinga, termo africano que gerou uma forma de feitiçaria extremamente popular no Atlântico lusófono no século XVIII. Depois veremos como o termo português feitiço se transformou no discurso do fetiche, e do fetichismo, na África Ocidental. Apresentando as transformações do discurso da feitiçaria no Atlântico, a minha proposta é tentar superar as descrições da história atlântica em termos de diáspora, separando a África como origem e lugar do passado, em oposição às Américas, ou ao Brasil, como lugar do presente e da recriação.Downloads
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