Distribuição espacial da transição religiosa no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2017.112180Palavras-chave:
Transição religiosa, Católicos, Evangélicos, BrasilResumo
A população brasileira vive uma grande transformação no perfil religioso. Por um lado, há um aumento da pluralidade religiosa e, por outro, uma tendência de mudança de hegemonia entre católicos e evangélicos. O objetivo deste artigo é focar nesse segundo aspecto do fenômeno transicional, fornecendo um panorama da transição religiosa brasileira entre 1991 e 2010, a partir de um indicador sobre a razão entre evangélicos e católicos (rec). Além da análise descritiva da distribuição geográfica nos níveis municipal e regional, apresentam-se mapas municipais da rec em 2000 e 2010, mostrando as mudanças ocorridas no período, assim como uma análise de autocorrelação espacial local. O artigo contribui para o entendimento da evolução espacial da transição religiosa entre os dois grandes grupos cristãos no Brasil.
Downloads
Referências
Almeida, R. (2008), “Os pentecostais serão maioria no Brasil”. Revista de Estudos da Religião, ano 8: 48-58.
______ & Barbosa, R. (2015), “Transição religiosa no Brasil”. In: Arretche, M. (org.). Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos. São Paulo, Editora Unesp, pp. 335-365.
______ & Montero, P. (2001), “Trânsito religioso no Brasil”. São Paulo em Perspectiva, 3 (15): 92-101.
Alves, J. E. D & Novellino, M. S. F. (2006), “A dinâmica das filiações religiosas no Rio de Janeiro (1991-2000): um recorte por educação, cor, geração e gênero”. In: Patarra, N. et al. (orgs.). A Ence aos 50 anos, um olhar sobre o Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Ence/ibge, vol. 1, pp. 275-308.
______ et al. (2012), “A dinâmica das filiações religiosas no Brasil entre 2000 e 2010: diversificação e processo de mudança de hegemonia”. Rever, 2 (12): 145-174. Disponível em http://dx.doi.org/10.21724/rever.v12i2.14570.
______ et al. (2014), “A transição religiosa brasileira e o processo de difusão das filiações evangélicas no Rio de Janeiro”. Revista Horizonte. Dossiê: Religião e Demografia, 36 (12):1055-1085. Disponível em http://dx.doi.org/10.5752/P.2175-5841.2014v12n36p1055.
Anselin, L. (1995), “Local indicators of spatial association: Lisa”. Geographical Analysis, 27:93-115.
______. (1996), “The Moran scatterplot as an Esda tool to assess local instability in spatial association”. In: Fischer, M. et al. (eds.). Spatial analytical perspectives on gis in environmental and socio-economic sciences. Londres, Taylor and Francis, pp. 111-125.
Bastide, R. (1971), As religiões africanas no Brasil: contribuições a uma sociologia das interpenetrações de civilizações. São Paulo, Pioneira.
Birman, P. & Leite, M. P. (2002), “O que aconteceu com o antigo maior país católico do mundo?”. In: Bethell, L. Brasil: fardo do passado, promessa do futuro. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.
Brandão, C. R.(1988), “Ser católico: dimensões brasileiras: um estudo sobre a atribuição de identidade através da religião”. In: Sachs, V. et al. Brasil & eua: religião e identidade nacional. Rio de Janeiro, Graal.
Camargo, C. P. (1971), Igreja e desenvolvimento. São Paulo, Cebrap.
Campos, L. S. (2008), “Os mapas, atores e números da diversidade religiosa cristã brasileira: católicos e evangélicos entre 1940 e 2007”. Revista de Estudos da Religião (Rever), ano 8: 9-47.
Campos, R. B. C. & Reesink, M. L. (2011), “Mudando de eixo e invertendo o mapa: para uma antropologia da religião plural”. Religião e Sociedade, 1 (31): 209-227. tendências e perplexidades”. In: Teixeira, F & Menezes, R. (orgs.). Religiões em movimento: o Censo de 2010. Petrópolis, Rio de Janeiro, Vozes.
Coutinho, R. Z & Golgher, A. B. (2014), “The changing landscape of religious affiliation in Brazil between 1980 and 2010: age, period, and cohort perspectives”. Revista Brasileira de Estudos de População, 1 (31): 5-23.
Decol, R. D. (1999), “Mudança religiosa no Brasil: uma visão demográfica”. Revista Brasileira de Estudos de População, 1 (16): 121-137.
Fausto, B. (1995), História do Brasil. São Paulo, Edusp.
Fernandes, S. R. A. (2015), “Sociologia da religião, pluralismos e intolerâncias: pautas contemporâneas”. Contemporânea: Revista de Sociologia da ufscar, 2 (5): 289-308.
Freston, P. (2010), “As duas transições futuras: católicos, protestantes e sociedade na América Latina”. Ciências Sociais e Religião, 12 (12): 13-30.
Giddens, A. (1991), As consequências da modernidade. São Paulo, Editora da Unesp. ibge (1991, 2000, 2010), Microdados dos censos demográficos.
Jacob, C. R. et al. (2013), Religião e território no Brasil: 1991/2010. Rio de Janeiro, Editora da puc-Rio.
Jacob, C. R. et al. (2003), Atlas da filiação religiosa e indicadores sociais no Brasil. Rio de Janeiro/São Paulo, Editora da puc-Rio/Loyola.
Livi-Bacci, M. (2002), “500 anos de demografia brasileira: uma resenha”. Revista Brasileira de Estudos de População, 1 (19): 141-159.
Mafra, C. (2001), Os evangélicos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor.
______. (2013), “Números e narrativas”. Debates do ner, 24 (14): 13-25.
Mariano, R. (2001), “Balanço da teoria sociológica clássica sobre o crescimento pentecostal”. Trabalho apresentado no iii Simpósio Nacional de História das Religiões, São Paulo.
______. (2013), “Mudanças no campo religioso brasileiro no Censo 2010”. Debates do ner, 24 (14): 119-137.
Mariz, C. L. (2013), “O que precisamos saber sobre o censo para poder falar sobre seus resultados? Um desafio para novos projetos de pesquisa”. Debates do ner, 24 (14): 39-58.
______ & Gracino Jr., P. (2013), “As igrejas pentecostais no Censo de 2010”. In: Teixeira, F. & Menezes, R. (orgs.). Religiões em movimento: o Censo de 2010. Petrópolis, Vozes.
Menezes, R. (2012), “Censo 2010, fotografia panorâmica da vida nacional: entrevista a Thamiris Magalhães, São Leopoldo”. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, ano xii (400): 10-13.
Neri, M. (2007), Economia das religiões. Rio de Janeiro, fgv/Ibre, cps, 2007.
Novaes, R. (2004), “Os jovens ‘sem religião’ – ventos secularizantes, ‘espírito de época’ e novos sincretismos: notas preliminares”. Estudos Avançados, 52 (18): 321-323.
pew research center. (2014), “Religion in Latin America: widespread change in a historically catholic region”. Disponível em http://www.pewforum.org/ 2014/11/13/religion-in-latin-america/, consultado em 25/3/2016.
Camurça, M. A. (2013), “O Brasil religioso que emerge do Censo de 2010: consolidações, Pierucci, A. F. (2008), “De olho na modernidade religiosa”. Tempo Social: Revista de Sociologia da usp, 2 (20): 9-16.
______ & Prandi, R. (1996), A realidade social das religiões no Brasil. São Paulo, Hucitec.
Potter, J. E. et al. (2014), “The growth of Protestantism in Brazil and its impact on male earnings 1970-2000”. Social Forces, 1 (93): 125-153.
Prandi, R. (2008), “Converter indivíduos, mudar culturas”. Tempo Social: Revista de Sociologia da usp, 2 (20): 155-172.
Renders, H. (2015), “A experiência religiosa pós-moderna e o fenômeno da aceleração em comparação com as temporalidades pré-moderna e moderna”. Revista Horizonte, 37 (13):428-445.
Sanchis, P. (1997), “O campo religioso contemporâneo no Brasil”. In: Oro, A. R. & Steil, C. A. Globalização e religião. Petrópolis, Vozes, pp. 103-116.
______. (2012), “Pluralismo, transformação, emergência do indivíduo e de suas escolhas” [entrevista]. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, ano xii (400): 5-8.
Steil, C. A. (2013), “Mapas e hologramas como metáforas para pensar os dados sobre religião no Censo do ibge de 2010: comentários ao texto ‘Números e narrativas’, de Clara Mafra”. Debates do ner, 24 (2): 29-37.
Teixeira, F. (2012), “O campo religioso brasileiro na ciranda dos dados” [entrevista]. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, ano xii (400): 14-17.
______ & Menezes, R. (orgs.). (2013), Religiões em movimento: o Censo de 2010. Petrópolis, Vozes.
Weber, M. (1967), A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo, Pioneira.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Tempo Social
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.