Distribuição espacial da transição religiosa no Brasil

Auteurs

  • José Eustáquio Diniz Alves Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Escola Nacional de Ciências Estatísticas
  • Suzana Marta Cavenaghi Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Escola Nacional de Ciências Estatísticas
  • Luiz Felipe Walter Barros Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Escola Nacional de Ciências Estatísticas
  • Angelita Alves de Carvalho Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Escola Nacional de Ciências Estatísticas

DOI :

https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2017.112180

Mots-clés :

Transição religiosa, Católicos, Evangélicos, Brasil

Résumé

A população brasileira vive uma grande transformação no perfil religioso. Por um lado, há um aumento da pluralidade religiosa e, por outro, uma tendência de mudança de hegemonia entre católicos e evangélicos. O objetivo deste artigo é focar nesse segundo aspecto do fenômeno transicional, fornecendo um panorama da transição religiosa brasileira entre 1991 e 2010, a partir de um indicador sobre a razão entre evangélicos e católicos (rec). Além da análise descritiva da distribuição geográfica nos níveis municipal e regional, apresentam-se mapas municipais da rec em 2000 e 2010, mostrando as mudanças ocorridas no período, assim como uma análise de autocorrelação espacial local. O artigo contribui para o entendimento da evolução espacial da transição religiosa entre os dois grandes grupos cristãos no Brasil.

##plugins.themes.default.displayStats.downloads##

##plugins.themes.default.displayStats.noStats##

Biographies de l'auteur

  • José Eustáquio Diniz Alves, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Escola Nacional de Ciências Estatísticas

    Professor e pesquisador da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. 

  • Suzana Marta Cavenaghi, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Escola Nacional de Ciências Estatísticas

    Professora e pesquisadora da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. 

  • Luiz Felipe Walter Barros, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Escola Nacional de Ciências Estatísticas

    Doutorando do Programa de Pós-graduação População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do IBGE.

  • Angelita Alves de Carvalho, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Escola Nacional de Ciências Estatísticas

    Professora e pesquisadora da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. 

Références

Almeida, R. (2008), “Os pentecostais serão maioria no Brasil”. Revista de Estudos da Religião, ano 8: 48-58.

______ & Barbosa, R. (2015), “Transição religiosa no Brasil”. In: Arretche, M. (org.). Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos. São Paulo, Editora Unesp, pp. 335-365.

______ & Montero, P. (2001), “Trânsito religioso no Brasil”. São Paulo em Perspectiva, 3 (15): 92-101.

Alves, J. E. D & Novellino, M. S. F. (2006), “A dinâmica das filiações religiosas no Rio de Janeiro (1991-2000): um recorte por educação, cor, geração e gênero”. In: Patarra, N. et al. (orgs.). A Ence aos 50 anos, um olhar sobre o Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Ence/ibge, vol. 1, pp. 275-308.

______ et al. (2012), “A dinâmica das filiações religiosas no Brasil entre 2000 e 2010: diversificação e processo de mudança de hegemonia”. Rever, 2 (12): 145-174. Disponível em http://dx.doi.org/10.21724/rever.v12i2.14570.

______ et al. (2014), “A transição religiosa brasileira e o processo de difusão das filiações evangélicas no Rio de Janeiro”. Revista Horizonte. Dossiê: Religião e Demografia, 36 (12):1055-1085. Disponível em http://dx.doi.org/10.5752/P.2175-5841.2014v12n36p1055.

Anselin, L. (1995), “Local indicators of spatial association: Lisa”. Geographical Analysis, 27:93-115.

______. (1996), “The Moran scatterplot as an Esda tool to assess local instability in spatial association”. In: Fischer, M. et al. (eds.). Spatial analytical perspectives on gis in environmental and socio-economic sciences. Londres, Taylor and Francis, pp. 111-125.

Bastide, R. (1971), As religiões africanas no Brasil: contribuições a uma sociologia das interpenetrações de civilizações. São Paulo, Pioneira.

Birman, P. & Leite, M. P. (2002), “O que aconteceu com o antigo maior país católico do mundo?”. In: Bethell, L. Brasil: fardo do passado, promessa do futuro. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.

Brandão, C. R.(1988), “Ser católico: dimensões brasileiras: um estudo sobre a atribuição de identidade através da religião”. In: Sachs, V. et al. Brasil & eua: religião e identidade nacional. Rio de Janeiro, Graal.

Camargo, C. P. (1971), Igreja e desenvolvimento. São Paulo, Cebrap.

Campos, L. S. (2008), “Os mapas, atores e números da diversidade religiosa cristã brasileira: católicos e evangélicos entre 1940 e 2007”. Revista de Estudos da Religião (Rever), ano 8: 9-47.

Campos, R. B. C. & Reesink, M. L. (2011), “Mudando de eixo e invertendo o mapa: para uma antropologia da religião plural”. Religião e Sociedade, 1 (31): 209-227. tendências e perplexidades”. In: Teixeira, F & Menezes, R. (orgs.). Religiões em movimento: o Censo de 2010. Petrópolis, Rio de Janeiro, Vozes.

Coutinho, R. Z & Golgher, A. B. (2014), “The changing landscape of religious affiliation in Brazil between 1980 and 2010: age, period, and cohort perspectives”. Revista Brasileira de Estudos de População, 1 (31): 5-23.

Decol, R. D. (1999), “Mudança religiosa no Brasil: uma visão demográfica”. Revista Brasileira de Estudos de População, 1 (16): 121-137.

Fausto, B. (1995), História do Brasil. São Paulo, Edusp.

Fernandes, S. R. A. (2015), “Sociologia da religião, pluralismos e intolerâncias: pautas contemporâneas”. Contemporânea: Revista de Sociologia da ufscar, 2 (5): 289-308.

Freston, P. (2010), “As duas transições futuras: católicos, protestantes e sociedade na América Latina”. Ciências Sociais e Religião, 12 (12): 13-30.

Giddens, A. (1991), As consequências da modernidade. São Paulo, Editora da Unesp. ibge (1991, 2000, 2010), Microdados dos censos demográficos.

Jacob, C. R. et al. (2013), Religião e território no Brasil: 1991/2010. Rio de Janeiro, Editora da puc-Rio.

Jacob, C. R. et al. (2003), Atlas da filiação religiosa e indicadores sociais no Brasil. Rio de Janeiro/São Paulo, Editora da puc-Rio/Loyola.

Livi-Bacci, M. (2002), “500 anos de demografia brasileira: uma resenha”. Revista Brasileira de Estudos de População, 1 (19): 141-159.

Mafra, C. (2001), Os evangélicos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor.

______. (2013), “Números e narrativas”. Debates do ner, 24 (14): 13-25.

Mariano, R. (2001), “Balanço da teoria sociológica clássica sobre o crescimento pentecostal”. Trabalho apresentado no iii Simpósio Nacional de História das Religiões, São Paulo.

______. (2013), “Mudanças no campo religioso brasileiro no Censo 2010”. Debates do ner, 24 (14): 119-137.

Mariz, C. L. (2013), “O que precisamos saber sobre o censo para poder falar sobre seus resultados? Um desafio para novos projetos de pesquisa”. Debates do ner, 24 (14): 39-58.

______ & Gracino Jr., P. (2013), “As igrejas pentecostais no Censo de 2010”. In: Teixeira, F. & Menezes, R. (orgs.). Religiões em movimento: o Censo de 2010. Petrópolis, Vozes.

Menezes, R. (2012), “Censo 2010, fotografia panorâmica da vida nacional: entrevista a Thamiris Magalhães, São Leopoldo”. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, ano xii (400): 10-13.

Neri, M. (2007), Economia das religiões. Rio de Janeiro, fgv/Ibre, cps, 2007.

Novaes, R. (2004), “Os jovens ‘sem religião’ – ventos secularizantes, ‘espírito de época’ e novos sincretismos: notas preliminares”. Estudos Avançados, 52 (18): 321-323.

pew research center. (2014), “Religion in Latin America: widespread change in a historically catholic region”. Disponível em http://www.pewforum.org/ 2014/11/13/religion-in-latin-america/, consultado em 25/3/2016.

Camurça, M. A. (2013), “O Brasil religioso que emerge do Censo de 2010: consolidações, Pierucci, A. F. (2008), “De olho na modernidade religiosa”. Tempo Social: Revista de Sociologia da usp, 2 (20): 9-16.

______ & Prandi, R. (1996), A realidade social das religiões no Brasil. São Paulo, Hucitec.

Potter, J. E. et al. (2014), “The growth of Protestantism in Brazil and its impact on male earnings 1970-2000”. Social Forces, 1 (93): 125-153.

Prandi, R. (2008), “Converter indivíduos, mudar culturas”. Tempo Social: Revista de Sociologia da usp, 2 (20): 155-172.

Renders, H. (2015), “A experiência religiosa pós-moderna e o fenômeno da aceleração em comparação com as temporalidades pré-moderna e moderna”. Revista Horizonte, 37 (13):428-445.

Sanchis, P. (1997), “O campo religioso contemporâneo no Brasil”. In: Oro, A. R. & Steil, C. A. Globalização e religião. Petrópolis, Vozes, pp. 103-116.

______. (2012), “Pluralismo, transformação, emergência do indivíduo e de suas escolhas” [entrevista]. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, ano xii (400): 5-8.

Steil, C. A. (2013), “Mapas e hologramas como metáforas para pensar os dados sobre religião no Censo do ibge de 2010: comentários ao texto ‘Números e narrativas’, de Clara Mafra”. Debates do ner, 24 (2): 29-37.

Teixeira, F. (2012), “O campo religioso brasileiro na ciranda dos dados” [entrevista]. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, ano xii (400): 14-17.

______ & Menezes, R. (orgs.). (2013), Religiões em movimento: o Censo de 2010. Petrópolis, Vozes.

Weber, M. (1967), A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo, Pioneira.

Publiée

2017-08-08

Numéro

Rubrique

Artigos

Comment citer

Alves, J. E. D., Cavenaghi, S. M., Barros, L. F. W., & Carvalho, A. A. de. (2017). Distribuição espacial da transição religiosa no Brasil. Tempo Social, 29(2), 215-242. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2017.112180