Os nomes da violência contra as mulheres: das narrativas no jornalismo

Autores

  • Mayra Rodrigues Gomes Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2021.185233

Palavras-chave:

Jornalismo, Violência, Mulheres, Narrativa, Discurso

Resumo

O presente artigo está inserido num conjunto de estudos e averiguações sobre o jornalismo informativo que temos desenvolvido com o intuito de apreender seu estatuto e a natureza dos discursos que ele mobiliza. A proposta de pesquisa foi motivada, no ano de sua apresentação em 2018, pelos altos índices de violência no Brasil. A pesquisa procura captar o espírito das narrativas jornalísticas nos relatos de casos de violência contra as mulheres, entender como o jornalismo está descrevendo esses casos de violência (se de forma a reforçar ou neutralizar estereótipos de natureza negativa) e apreender, em visão panorâmica, a situação da violência contra as mulheres, enquanto apresentada pela produção jornalística.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Mayra Rodrigues Gomes, Universidade de São Paulo

    Professora titular sênior no Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Referências

BOURDIEU, P. Sobre a televisão: a influência do jornalismo e os Jogos Olímpicos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

CALLIGARIS, C. Najila, Neymar e os comentários: muitos nem cogitam a possibilidade de que as mulheres tenham desejos sexuais. Folha de S.Paulo, São Paulo, 20 jun. 2019. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2019/06/najila-neymar-e-os-comentarios.shtml. Acesso em: 28 jun. 2021.

CARAZZAI, E. H. et al. 71% dos feminicídios e das tentativas têm parceiro como suspeito. Folha de S.Paulo, São Paulo, 8 mar. 2019. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/03/71-dos-feminicidios-e-das-tentativas-tem-parceiro-como-suspeito.shtml. Acesso em: 28. jun. 2021.

CHARAUDEAU, P. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, 2006.

CHARAUDEAU, P. Discurso político. São Paulo: Contexto, 2008.

DUCROT, O. Princípios de linguística semântica: dizer e não dizer. São Paulo: Cultrix, 1977.

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.

FOUCAULT, M. As palavras e as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

GAZALÉ, O. Le mythe de la virilité. Un piège pour les deux sexes. Paris: Éditions Robert Laffont, 2017.

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA; FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Atlas da violência 2017. Brasília, DF: Ipea; Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2017. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/170609_atlas_da_violencia_2017.pdf. Acesso em: 20 maio 2018.

MAINGUENEAU, D. Novas tendências em análise do discurso. Campinas: Pontes, 1993.

MAINGUENEAU, D. Gênese dos discursos. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

ORLANDI, E. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.

SPERB, P. Tribunal absolve acusado de estupro com alegação que vítima estava bêbada. Folha de S.Paulo, Porto Alegre, 8 ago. 2019. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/08/condenado-a-dez-anos-de-prisao-por-estupro-motorista-e-absolvido-apos-recorrer.shtml. Acesso em: 28 jun. 2021.

Downloads

Publicado

2021-08-02

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

GOMES, Mayra Rodrigues. Os nomes da violência contra as mulheres: das narrativas no jornalismo. RuMoRes, [S. l.], v. 15, n. 29, p. 205–234, 2021. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2021.185233. Disponível em: https://revistas.usp.br/Rumores/article/view/185233.. Acesso em: 3 dez. 2024.