Estrutura narrativa, subjetivação e memória social como expressões da crítica de mídia em Tempos de Paz

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2023.213111

Palavras-chave:

Narrativa, Crítica de mídia, Filme, Memória social, Subjetivação

Resumo

Este artigo analisa Tempos de paz (2009), drama histórico brasileiro dirigido por Daniel Filho e baseado na peça teatral de Bosco Brasil. Partindo da temática da migração e da cidadania cultural, a construção narrativa inter-relaciona diferentes esferas de abordagem que, articuladas entre si, permitem a apreensão de sentidos da obra em torno da memória social, dos processos de sujeição e subjetivação, e do entrelaçamento entre os campos estético e político que a constituem; fazendo-nos, ainda, pensar sobre a substância humana. O desfecho é a escolha por um formato narrativo híbrido (em diálogo com o teatro) que culmina na validação da cena enunciativa maior que o filme busca exaltar: a homenagem a diferentes e grandes imigrantes que contribuíram para diferentes aspectos da cultura, pesquisa e conhecimento do país.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Cíntia Liesenberg, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

    Doutora e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da ECA/USP. Docente da Faculdade de Relações Públicas da Escola de Linguagem e Comunicação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas). Membro do Grupo de Pesquisa CNPq MidiAto - Grupo de Estudos de Linguagem: Práticas Midiáticas (ECA/USP).

  • Fernanda Elouise Budag, Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação

    Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, com pós-doutorado em Comunicação e Práticas de Consumo pela ESPM-SP. Professora e pesquisadora da FAPCOM, da FECAP e da Universidade São Judas (USJT), em cursos de graduação e pós-graduação. Membro do Grupo de Pesquisa CNPq MidiAto - Grupo de Estudos de Linguagem: Práticas Midiáticas (ECA/USP).

Referências

BRASIL. Decreto nº 19.482, de 12 de dezembro de 1930. Limita a entrada, no território nacional, de passageiros estrangeiros de terceira classe, dispõe sobre a localização e amparo de trabalhadores nacionais, e dá outras providências. Rio de Janeiro: Presidência da República, 1930. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19482-12-dezembro-1930-503018-republicacao-82423-pe.html. Acesso em: 3 jun. 2023.

BRUNER, J. Fabricando histórias: direito, literatura, vida. São Paulo: Letra e Voz, 2014.

BUTLER, J. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.

CASTLES, S.; MILLER, M. J. The age of migration: international population movements in the modern world. 4. ed. Londres: Palgrave Macmillan, 2009.

COGO, Denise. Migrações contemporâneas como movimentos sociais: uma análise desde as mídias como instâncias de emergência da cidadania dos migrantes. Fronteiras: estudos midiáticos, São Leopoldo, v. 9, n. 1, p. 64-73, 2007.

GOMES, M. R. Artes e psicanálise. São Paulo: ECA-USP, 2018 (Coleção Bordando o Manto do Mundo; 2). Disponível em: https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/ portaldelivrosUSP/catalog/book/228. Acesso em: 29 maio 2023.

HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2003.

HELLER, A. O cotidiano e a história. Rio de Janeiro; São Paulo: Paz e Terra, 2016.

LANDOWSKI. E. Presenças do Outro. Ensaios de sociossemiótica. São Paulo: Perspectiva, 2002.

MUNDO registrou cerca de 281 milhões de migrantes internacionais no ano passado. ONU News, [S. l.], 1 dez. 2021. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2021/ 12/1772272. Acesso em: 9 jun. 2023.

PAIVA, O. C. Refugiados da Segunda Guerra Mundial e os Direitos Humanos. FFLCH Diversitas, São Paulo, [2009]. Disponível em: https://diversitas.fflch.usp.br/refugiados-da-segunda-guerramundial-e-os-direitos-humanos. Acesso em: 3 jun. 2023.

RANCIÈRE, J. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Editora 34, 2009.

SALLES, M. R. R. A política imigratória brasileira no pós-segunda guerra mundial e os refugiados: uma leitura da Revista de Imigração e Colonização. Cena Internacional, Brasília, v. 9, n. 2, 2007.

SOARES, R. L.; SILVA, G. Lugares da crítica na cultura midiática. Comunicação, Mídia e Consumo, São Paulo, v. 13, n. 37, maio/ago. 2016. Disponível em: https://revistacmc.espm.br/revistacmc/article/view/1140. Acesso em: 15 maio 2023.

TEMPOS de paz. Direção de Daniel Filho. Brasil: Globo Filmes, 2009. (1 h 20 min).

Downloads

Publicado

2023-09-11

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

LIESENBERG, Cíntia; BUDAG, Fernanda Elouise. Estrutura narrativa, subjetivação e memória social como expressões da crítica de mídia em Tempos de Paz. RuMoRes, [S. l.], v. 17, n. 33, p. 177–196, 2023. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2023.213111. Disponível em: https://revistas.usp.br/Rumores/article/view/213111.. Acesso em: 4 dez. 2024.