A série policial Bom dia, Verônica: intermidialidade, hibridação narrativa e a mediação cultural local-global
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2024.226256Palavras-chave:
Séries brasileiras, intermidialidade, hibridação narrativa, mediação cultural, gênero policialResumo
A proposta deste artigo é realizar uma análise crítica da primeira temporada da série brasileira Bom dia, Verônica (2020), coprodução da Netflix com a empresa Zola Filmes, criada pelos escritores de gênero policial Raphael Montes e Ilana Casoy a partir de romance homônimo e com direção geral do videomaker e cineasta José Henrique Fonseca. O texto se propõe a discutir três abordagens midiáticas e narratológicas: o processo social e estético de intermidialidade no campo das plataformas SVoD; os gêneros ficcionais e a questão da hibridação narrativa; e a mediação cultural local-global.
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