A circulação e as interpretações políticas de Que horas ela volta?

Autores

  • Eduardo Paschoal de Sousa Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2024.227342

Palavras-chave:

Cinema brasileiro, cultura audiovisual, circulação crítica, ancoragem, engate

Resumo

Este artigo tem o intuito de analisar a circulação crítica e política do filme Que horas ela volta?, dirigido por Anna Muylaert e lançado no ano de 2015. A partir das reações acerca do filme, inclusive em suas consecutivas exibições na TV aberta, buscamos mapear suas interpretações recorrentes. Para isso, utilizamos dois conceitos teórico-metodológicos: de um lado, a ancoragem, maneira como o filme dialoga com debates políticos e sociais a partir de suas representações e circulações; e, de outro, o engate, a partir de reações de grupos de espectadores(as), que se conectam à obra, constroem novas interpretações sobre ela ou movimentam aquelas que já estavam presentes e em circulação nas esferas crítica e midiática.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Eduardo Paschoal de Sousa, Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design

    Pesquisador de pós-doutorado, com bolsa Fapesp (n. 2022/08101-0), na Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design da Universidade de São Paulo (FAUUSP). Possui doutorado e mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA/USP e graduação em Comunicação Social - Jornalismo pela mesma instituição. Cursou doutorado sanduíche junto ao IRCAV, na Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3.

Referências

ALESSI, G.; OLIVEIRA, R. Os filhos de porteiros que chegaram à universidade têm um orgulho que o ministro Paulo Guedes ignora. El País Brasil, São Paulo, 30 abr. 2021. Disponível em: http://bit.ly/guedes_qhev. Acesso em: 3 maio 2021.

AUDIÊNCIA da TV: Consolidados do PNT de sábado, 11/05/2024. Portal Alta Definição, São Paulo, 19 de maio de 2024. Disponível em: https://portalaltadefinicao.com/audiencia-da-tv-consolidados-do-pnt-de-sabado-11-05-2024/. Acesso em: 24 jul. 2024.

BRASIL. Presidente (2003-2010: Luiz Inácio Lula da Silva). Discurso por ocasião da cerimônia de entrega das instalações do Campus Teresina Central do IFPI e assinatura das ordens de serviço das BR-020 e BR-235 e obras da linha de subtransmissão Piripiri/Tabuleiro. Teresina (PI), 14 out. 2010a. 9f. Disponível em: https://bit.ly/lula2010teresina. Acesso em: 24 jul. 2024.

BRASIL. Presidente (2003-2010: Luiz Inácio Lula da Silva). Discurso na solenidade de premiação da etapa nacional da Olimpíada de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro”. Museu Nacional de Brasília (DF), 29 nov. 2010b. 7f. Disponível em: https://bit.ly/lulamuseudf. Acesso em 24 jul. 2024.

BRASIL. Presidente (2023-2026: Luiz Inácio Lula da Silva). Discurso do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, no Parlatório. Brasília (DF), 1 jan. 2023. Disponível em: https://bit.ly/lulaparlatorio. Acesso em: 24 jul. 2024.

BRUM, E. Prefácio. In: MUYLAERT, Anna. Que Horas Ela Volta? Roteiros do Cinema Brasileiro. São Paulo: Klaxon (Edição Kindle), 2019.

FAGUNDES, I. Ex-doméstica assiste a ‘Que horas ela volta’ e diz que preconceito é real. Revista sãopaulo, São Paulo, 4 out. 2015a. Disponível em: https://bit.ly/folha_trabalhadoras. Acesso em: 6 jun. 2021.

FAGUNDES, I. Não aprendi muito com ‘Que horas ela volta?’, diz representante de patrões. Revista sãopaulo, 4 out. 2015b. Disponível em: https://bit.ly/qhev_patroes. Acesso em: 8 jun. 2021.

GOMES, S.; SILVA, A. L. N.; OLIVEIRA, F. C. Governos partidários e políticas educacionais no Brasil do século XXI: a eficácia da democracia. In: ARRETCHE, Marta; MARQUES, Eduardo; FARIA, Carlos Aurélio Pimenta (Orgs.). As políticas da política: desigualdades e inclusão nos governos do PSDB e do PT. São Paulo: Editora Unesp, 2019.

GUERRA, F. ‘É meu filme mais difícil’, diz Anna Muylaert sobre ‘Que horas ela volta?’. Jornal O Estado de S. Paulo, São Paulo, 21 fev. 2014. Disponível em: https://www.estadao.com.br/cultura/cinema/e-meu-filme-mais-dificil-diz-anna-muylaert-sobre-que-horas-ela-volta/. Acesso em: 14 nov. 2024.

HAILER, M. Fala de Lula que viralizou lembra filme “Que horas ela volta?”. Revista Fórum, São Paulo, 29 de agosto de 2022. Disponível em: https://revistaforum.com.br/politica/2022/8/29/video-fala-de-lula-que-viralizou- lembra-filme-que-horas-ela-volta-122371.html. Acesso em: 24 jul. 2024.

MARTÍN-BARBERO, J. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.

MENDONÇA, C. F. Cerca de 8,7 milhões de brasileiros das classes C e D pretendem viajar de avião. Revista InfoMoney, São Paulo, 5 ago. 2010. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/consumo/cerca-de-87-milhoes-de-brasileiros-das-classes-c-e-d-pretendem-viajar-de-aviao/. Acesso em: 14 nov. 2024.

ORTIZ, R. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Editora Brasiliense, 2012.

PAULINO, M.; JANONI, A. Longa ‘Que horas ela volta?’ retrata Brasil pré-crise política. Jornal Folha de S. Paulo, São Paulo, 13 set. 2015. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/09/1681021-longa-que-horas-ela-volta-retrata-brasil-pre-crise-politica.shtml. Acesso em: 14 nov. 2024.

PINHEIRO, L.; LIRA, F.; Rezende, M. T.; FONTOURA, N. de O. Os desafios do passado no trabalho doméstico do século XXI: reflexões para o caso brasileiro a partir dos dados da Pnad contínua. Brasília, DF: IPEA, 2019.

PRATA, A. O aeroporto tá parecendo rodoviária. Folha de S. Paulo, São Paulo, 19 jan. 2011. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1901201104.htm. Acesso em: 20 fev. 2021.

PRETA-RARA. Eu, empregada doméstica: a senzala moderna é o quartinho da empregada. São Paulo: Letramento, 2019.

QUE HORAS ela volta? Direção: Anna Muylaert. Brasil: África Filmes, Gullane Entretenimento, 2015.

ROSÁRIO, M. Entrevista com Anna Muylaert, diretora de Que horas ela volta? Brasil de Fato, São Paulo, 18 set. 2015. Disponível em: https://bit.ly/anna_brasilfato. Acesso em: 3 maio 2021.

SARLO, B. Paisagens imaginárias: intelectuais, arte e meios de comunicação. São Paulo: Edusp, 2005.

SILVA, G.; SOARES, R. L. Possibilidades políticas da crítica em perspectiva teórica. Rumores, São Paulo, n. 26, v. 13, p. 58-77, 2019.

SOUSA, E. P. O cinema brasileiro como ferramenta do político: ancoragens, engates e redes de ruídos em obras de 2012 a 2018. Tese (Doutorado em Meios e Processos Audiovisuais) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022.

THEODORO, M. A implementação de uma agenda racial de políticas públicas: a experiência brasileira. In: ARRETCHE, Marta; MARQUES, Eduardo; FARIA, Carlos Aurélio Pimenta de (Orgs.). As políticas da política: desigualdades e inclusão nos governos do PSDB e do PT. São Paulo: Editora Unesp, 2019.

ZENDRON, M. ‘Que Horas Ela Volta?’ traz importância do direito das domésticas, diz Casé. UOL, São Paulo, 7 ago. 2015. Disponível em: http://bit.ly/uol_qhev. Acesso em: 31 maio 2021.

Downloads

Publicado

2024-12-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

SOUSA, Eduardo Paschoal de. A circulação e as interpretações políticas de Que horas ela volta?. RuMoRes, [S. l.], v. 18, n. 36, p. 156–177, 2024. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2024.227342. Disponível em: https://revistas.usp.br/Rumores/article/view/227342.. Acesso em: 27 dez. 2024.