Netflix, cosmopolitismo e a construção de um ethos discursivo de diversidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2024.230823

Palavras-chave:

Diversidade, ethos discursivo, cosmopolitismo, Netflix

Resumo

Este artigo tem por objetivo discutir como a noção de diversidade tem sido tematizada na construção de marca da Netflix. Para tanto, nos valemos da noção de ethos discursivo e a analisamos a construção de um ethos discursivo de diversidade em um comunicado de imprensa em que a companhia mobiliza essa noção. Conclui-se que a construção desse ethos discursivo de diversidade seria uma estratégia da plataforma para estratificar seu público transnacionalmente diante de um mercado globalizado e se diferenciar da concorrência, posicionando a marca como agente de mudanças em sua indústria e a ligando a um modo de ser cosmopolita e comprometido com a diversidade de identidades de seu público e de seus criadores.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Natalia Engler Prudencio, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

    Jornalista graduada pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (PPGMPA ECA-USP) e doutoranda pelo PPGMPA ECA-USP. Integrante do MidiAto – Grupo de Estudos de Linguagem: Práticas Midiáticas.

Referências

AMOSSY, R. Da noção retórica de ethos à análise do discurso. In: AMOSSY, R. (org.). Imagens de si no discurso: a construção do ethos. São Paulo: Contexto, 2011. p. 9-28.

ASMAR, A.; RAATS, T.; AUDENHOVE, L. Streaming Difference(s): Netflix and the Branding of Diversity. Critical Studies in Television, [s. l.], v. 18, n. 1, p. 24-40, 2023.

BAJARIA, B. Seguimos avançando: novidades sobre nosso estudo de diversidade em filmes e séries e o Fundo Netflix para Criatividade Inclusiva. Netflix Newsroom, 27 abr. 2023. Disponível em: https://about.netflix.com/pt_br/news/making-progress-our-latest-film-and-series-diversity-study-and-netflix-fund. Acesso em: 1 jun. 2024.

BANET-WEISER, S. Empowered: popular feminism and popular misogyny. Durham: Duke University Press, 2018. E-book.

BIANCHINI, M.; CAMIRIM, B. Mais histórias, mais vozes: Netflix e a promessa da diversidade na tela. Revista Latinoamericana de Ciencias de la Comunicación, São Paulo, v. 17, n. 31, 2019.

FRASER, N. Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça numa era “pós-socialista”. Cadernos de Campo, São Paulo, n. 14-15, p. 231-239, 2006.

MAINGUENEAU, D. A propósito do ethos. In: MOTTA, A. R.; SALGADO, L. (org.). Ethos discursivo. São Paulo: Contexto, 2008. p. 11-29.

MAINGUENEAU, D. Retorno crítico à noção de ethos. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 53, n. 3, p. 321-330, 2018.

MAINGUENEAU, D. O ethos discursivo e o desafio da internet. Fórum Linguístico, Florianópolis, v. 20, n. 3, p. 9314-9324, 2023.

MUNGIOLI, M. C.; PENNER, T. A.; IKEDA, F. S. M. Ethos discursivo da marca Netflix no YouTube: interdiscurso e storytelling em estratégias de propagação de conteúdos. Revista GEMInIS, São Carlos, v. 12, n. 1, p. 189-211, 2021.

ORTIZ, R. Universalismo e diversidade. São Paulo: Boitempo, 2015.

PALESTRA Netflix e Disney: novos e velhos padrões de televisão global. Com Joe Straubhaar. [São Paulo: s. n.], 2023. 1 vídeo (1h 48min 56s). Canal Labidecom ECA – USP. Disponível em: https://youtu.be/ubJjRcmf_TY. Acesso em: 20 jul. 2024.

SERELLE, M. Reconhecimento como categoria de crítica cultural. Estudos em Jornalismo e Mídia, Florianópolis, v. 16, n. 1, p. 11-20, 2019.

UNESCO. Convenção sobre a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais. In: Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura, 33. Anais […]. Paris: Unesco, 2005.

VENANZONI, T. S. Diversidade em plataformas globais de distribuição. Revista GEMInIS, São Carlos, v. 12, n. 1, p. 212-226, 2021.

VICENTE, E.; VENANZONI, T. S.; SOARES, R. de L. Renato Ortiz: tecido da escrita, teia da memória. MATRIZes, São Paulo, v. 11, n. 3, p. 91-112, 2017.

Downloads

Publicado

2024-12-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

PRUDENCIO, Natalia Engler. Netflix, cosmopolitismo e a construção de um ethos discursivo de diversidade. RuMoRes, [S. l.], v. 18, n. 36, p. 200–220, 2024. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2024.230823. Disponível em: https://revistas.usp.br/Rumores/article/view/230823.. Acesso em: 27 dez. 2024.