Depressão e câncer

Autores

  • Sara Mota Borges Bottino Hospital Pérola Byngton; Centro de Referência da Saúde da Mulher
  • Renério Fráguas Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Hospital das Clínicas; Instituto de Psiquiatria
  • Wagner Farid Gattaz Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Hospital das Clínicas; Instituto de Psiquiatria

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-60832009000900007

Palavras-chave:

Depressão, câncer, diagnóstico, tratamento

Resumo

A depressão é o transtorno psiquiátrico mais comum em pacientes com câncer, com prevalências variando de 22% a 29%. Essa variabilidade está associada a sítios do tumor, estágio clínico, dor, funcionamento físico limitado, além da existência de suporte social. A depressão associa-se a um pior prognóstico e aumento da mortalidade pelo câncer. Síndromes depressivas podem ser uma consequência das terapias antineoplásicas, como ocorre em 21% a 58% dos pacientes recebendo interferon-alfa. Sentimentos de tristeza e desespero podem inibir a procura de cuidado pelos pacientes, dificultando o reconhecimento da depressão. O tratamento com antidepressivos é efetivo e melhora a adesão aos tratamentos do câncer, reduzindo efeitos adversos como náusea, dor e fadiga. Em pacientes com câncer, tratamento prévio com antidepressivos pode minimizar sintomas depressivos induzidos por interferon-alfa. O tratamento com antidepressivos parece ser uma estratégia efetiva para prevenir o desenvolvimento da depressão induzida por interferon-alfa. Intervenções psicossociais, como técnicas de relaxamento, terapia individual e em grupo, também podem ser utilizadas na redução dos sintomas depressivos e de estresse em pacientes com câncer.

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Revisões da Literatura

Como Citar

Depressão e câncer . (2009). Archives of Clinical Psychiatry, 36(supl.3), 109-115. https://doi.org/10.1590/S0101-60832009000900007