História da caracterização nosológica do transtorno bipolar

Autores

  • José Alberto Del-Porto Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina; Departamento de Psiquiatria
  • Kátia Oddone Del-Porto Unifesp

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-60832005000700002

Palavras-chave:

Transtorno bipolar, espectro bipolar, estados mistos, história, transtornos do humor, transtorno esquizoafetivo, psicoses ciclóides

Resumo

Os autores apresentam uma sintética revisão da história da doença bipolar, a partir de Araeteus da Capadócia até os tempos atuais. O conceito moderno de doença bipolar foi iniciado na França, com os trabalhos de Falret (1851) e Baillarger (1856). Os conceitos seminais de Emil Kraepelin mudaram as bases da nosologia psiquiátrica, e o seu conceito unitário a respeito da "insanidade maníaco-depressiva" foi amplamente aceito e adotado. As idéias de Kraepelin e Weigandt constituíram-se na pedra angular para sua concepção unitária da doença maníaco-depressiva. Depois de Kraepelin, no entanto, as idéias de Kleist e Leonhard, na Alemanha, e o trabalho de Angst, Perris e Winokur enfatizaram a distinção entre as formas unipolar e bipolar da depressão. Mais recentemente a ênfase mudou novamente para o espectro bipolar, que se estende até os limites dos temperamentos normais (Akiskal e colaboradores). Finalizando, os autores sumarizam as controvérsias quanto à nosologia do transtorno bipolar e suas fronteiras com a esquizofrenia, os quadros esquizoafetivos e as chamadas psicoses ciclóides.

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Publicado

2005-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

História da caracterização nosológica do transtorno bipolar . (2005). Archives of Clinical Psychiatry, 32(supl.1), 7-14. https://doi.org/10.1590/S0101-60832005000700002