Investigação de qualidade de vida pela WHOQOL-BREF em pacientes com transtorno de pânico durante o tratamento

Autores

  • Valfrido Leão de Melo-Neto Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Psiquiatria; Laboratório de Pânico e Respiração
  • Alexandre Martins Valença Universidade Federal Fluminense; Centro de Ciências Médicas
  • Isabella Nascimento Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Psiquiatria; Laboratório de Pânico e Respiração
  • Fabiana Leão Lopes Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Psiquiatria; Laboratório de Pânico e Respiração
  • Antonio Egidio Nardi Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Psiquiatria; Laboratório de Pânico e Respiração

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-60832008000200002

Palavras-chave:

Transtorno de pânico, qualidade de vida, ansiedade, WHOQOL-BREF

Resumo

CONTEXTO: Pacientes com transtorno de pânico (TP) apresentam maior comprometimento físico e psicológico que a população geral. OBJETIVOS: Comparar escores de qualidade de vida entre pacientes com TP em tratamento e indivíduos normais. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal com 20 portadores de TP e 20 controles normais. Avaliação da ansiedade inclui: Inventário de Ansiedade de Beck, Escala de Ansiedade de Hamilton, Inventário de Estado e Traço Ansioso, Escala de Pânico e Agorafobia; além de avaliação de problemas sociais e ambientais e funcionamento global (eixos IV e V, DSM-IV-TR) e de qualidade de vida pela WHOQOL-BREF. RESULTADOS: Dos pacientes com TP, 65% eram do sexo feminino. A média de idade foi de 37,55 ± 9,06 anos. Os escores de qualidade de vida foram: físico = 57,86 ± 17,56; psicológico = 56,04 ± 18,31; social = 56,25 ± 25,92; e ambiental 47,03 ± 16,92. Tabagistas = 20%. BAI = 23,40 ± 15; STAI-S = 43,50 ± 8,79; STAI-T = 50,10 ± 9,19; PAS = 13,60 ± 9,40. Não houve diferenças significativas entre os grupos em relação a sexo, idade, escolaridade, religião, estado civil, nem renda individual, porém a renda familiar do grupo-controle foi significativamente maior. Todos os domínios de qualidade de vida foram bem piores entre os pacientes com TP em tratamento, quando comparados aos controles. CONCLUSÕES: TP, mesmo em tratamento, compromete a qualidade de vida. Problemas psicossociais e altos níveis de ansiedade podem ter impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes com TP.

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Publicado

2008-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Investigação de qualidade de vida pela WHOQOL-BREF em pacientes com transtorno de pânico durante o tratamento . (2008). Archives of Clinical Psychiatry, 35(2), 49-54. https://doi.org/10.1590/S0101-60832008000200002