O estigma atribuído pelos psiquiatras aos indivíduos com esquizofrenia

Autores

  • Alexandre Andrade Loch Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Instituto de Psiquiatria
  • Michael Pascal Hengartner Psychiatric University Hospital Zurich; Departamento de Psiquiatria Geral e Social
  • Francisco Bevilacqua Guarniero Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Instituto de Psiquiatria
  • Fabio Lorea Lawson Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Instituto de Psiquiatria
  • Yuan-Pang Wang Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Instituto de Psiquiatria
  • Wagner Farid Gattaz Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Instituto de Psiquiatria
  • Wulf Rössler University of Zurich and the Swiss Federal Institute of Technology

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-60832011000500001

Palavras-chave:

Estigma, estereótipos, preconceito, distância social, esquizofrenia, profissionais de saúde mental

Resumo

CONTEXTO: A literatura acerca da maneira como a população geral estigmatiza indivíduos com distúrbios mentais aumentou consideravelmente nas últimas décadas. Mas a dúvida sobre se os psiquiatras também estigmatizam seus pacientes ainda permanece. OBJETIVO: O presente estudo visou avaliar as atitudes de psiquiatras brasileiros em relação aos indivíduos com esquizofrenia. MÉTODOS: Dos cerca de 6.000 participantes do Congresso Brasileiro de Psiquiatria em 2009, 1.414 psiquiatras concordaram em participar do estudo. Entrevistas face a face foram realizadas utilizando um questionário que avaliava o estigma em três dimensões: estereótipos, distância social e preconceito, todas relacionadas a alguém com esquizofrenia. Opinião sobre medicações psicotrópicas e tolerância aos efeitos colaterais também foram avaliadas. Dados sociodemográficos e profissionais foram coletados. RESULTADOS: Psiquiatras brasileiros tenderam a estereotipar negativamente pessoas com esquizofrenia. Estereótipos negativos correlacionaram-se com uma melhor opinião sobre medicações psicotrópicas e com maior tolerância a efeitos colaterais. Idade maior correlacionou-se com estereótipos positivos e com menor preconceito. CONCLUSÃO: Os psiquiatras estigmatizam indivíduos com esquizofrenia e possivelmente têm certa dificuldade em admitir esse fato. Campanhas antiestigma para profissionais de saúde mental devem ser promovidas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Publicado

2011-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

O estigma atribuído pelos psiquiatras aos indivíduos com esquizofrenia . (2011). Archives of Clinical Psychiatry, 38(5), 173-177. https://doi.org/10.1590/S0101-60832011000500001