Relação entre cadência da subida e descida de escada, recuperação motora e equilíbrio em indivíduos com hemiparesia

Autores

  • Mavie Amaral-Natalio Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
  • Guilherme da Silva Nunes Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
  • Vanessa Herber Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
  • Stella Maris Michaelsen Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v18i3a103642

Palavras-chave:

Acidente Cerebral Vascular, Paresia, Marcha, Atividade Motora, Equilíbrio Postural

Resumo

Objetivo: Verificar a relação entre a cadência de subida e descida de escada, e os graus de recuperação motora de membros inferiores e de equilíbrio dinâmico de indivíduos com hemiparesia. Método: Participaram do estudo 16 indivíduos com hemiparesia devido AVE, sendo 13 homens, com idade média de 56,6±12,6 anos. A cadência de subida e descida de escada foi mensurada através do tempo decorrido (degraus/minuto), separadamente, para subir e descer uma escada de 4 degraus (altura: 17 cm), em velocidade confortável. Resultados: A média da cadência de subida de escada foi 60,4±22,6 degraus/minuto e a de descida de escada foi 58,7±23,6 degraus/minuto. O grau de recuperação motora de membros inferiores foi de 24,8±5,2 pontos na Escala Fugl-Meyer, e a média no TUG foi de 19,8±23,1 segundos. Foi verificada correlação moderada entre a medida de cadência de subida de escada e os graus de recuperação motora (r=0,60, p=0,01) e de equilíbrio dinâmico (r= -0,61, p=0,01). Da mesma forma, a medida de cadência de descida de escada apresentou correlação moderada com o grau de recuperação motora (r=0,58, p=0,02), e com o grau de equilíbrio dinâmico (r= -0,64, p=0,007). Verificou-se que o grau de recuperação motora compartilha 36% de variância com a medida da cadência de subida de escada e 33% com a cadência de descida. Conclusões: A habilidade de subir e descer escada apresenta relação com a recuperação motora de membros inferiores, sendo que o equilíbrio dinâmico apresenta maior associação com a cadência de descida de escada em indivíduos com hemiparesia.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estudos e pesquisas informaçao demográfica e socioeconômica: sistema de informaçoes hospitalares do SUS - SIH/SUS e Sistema de Informaçoes de Mortalidade. Rio de Janeiro: IBGE; 2005.

Truelsen T, Bonita R. Surveillance of stroke: The WHO STEPwise approach. Geneva: World Health Organization; 2002.

Feigin VL, Lawes CM, Bennett DA, Anderson CS. Stroke epidemiology: a review of population-based studies of incidence, prevalence, and case-fatality in the late 20th century. Lancet Neurol. 2003;2(1):43-53.

Teixeira-Salmela LF, Lima RCM, Lima LAO, Morais SG, Goulart F. Assimetria e desempenho funcional em hemiplegicos cronicos antes e apos programa de treinamento em academia. Rev Bras Fisioter. 2005;9(2):227-33.

Cabral NL, Longo AL, Moro CHC, Amaral CH, Kiss HC. Epidemiologia dos acidentes cerebrovasculares em Joinville, Brasil: estudo institucional. Arq Neuropsiquiatr. 1997;55(3A):357-63.

Lessa I. Epidemiologia das doenças cerebrovasculares no Brasil. Rev Soc Cardiol Estado Sao Paulo. 1999;9(4):509-18.

Bourbonnais D, Vanden Noven S, Pelletier R. Incoordination in patients with hemiparesis. Can J Public Health. 1992;83 Suppl 2:S58-63.

Gomes BM, Nardoni GCG, Lopes PG, Godoy E. O efeito da técnica de reeducaçao postural global em um paciente com hemiparesia após acidente vascular encefálico. Acta Fisiatr. 2006;13(2):103-8.

Doyle PJ. Measuring health outcomes in stroke survivors. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83(12 Suppl 2):S39-43.

Myles CM. Escadas. In: Durward BR, Baer GD, Rowe PJ. Movimento funcional humano: mensuraçao e análise. Sao Paulo: Manole; 2001. p.107-20.

Startzell JK, Owens DA, Mulfinger LM, Cavanagh PR. Stair negotiation in older people: a review. J Am Geriatr Soc. 2000;48(5):567-80.

Wyatt JP, Beard D, Busuttil A. Fatal falls down stairs. Injury. 1999;30(1):31-4.

Templer JA. The staircase: studies of hazards, falls, and safer design. Massachussetts: MIT; 1992.

Lee MY, Wong MK, Tang FT, Cheng PT, Lin PS. Comparison of balance responses and motor patterns during sit-to-stand task with functional mobility in stroke patients. Am J Phys Med Rehabil. 1997;76(5):401-10.

Cheng PT, Liaw MY, Wong MK, Tang FT, Lee MY, Lin PS. The sit-to-stand movement in stroke patients and its correlation with falling. Arch Phys Med Rehabil. 1998;79(9):1043-6.

Flansbjer UB, Holmbäck AM, Downham D, Patten C, Lexell J. Reliability of gait performance tests in men and women with hemiparesis after stroke. J Rehabil Med. 2005;37(2):75-82.

Eng JJ, Kim CM, Macintyre DL. Reliability of lower extremity strength measures in persons with chronic stroke. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83(3):322-8.

Kim CM, Eng JJ, MacIntyre DL, Dawson AS. Effects of isokinetic strength training on walking in persons with stroke: a double-blind controlled pilot study. J Stroke Cerebrovasc Dis. 2001;10(6):265-73.

Teixeira-Salmela LF, Olney SJ, Nadeau S, Brouwer B. Muscle strengthening and physical conditioning to reduce impairment and disability in chronic stroke survivors. Arch Phys Med Rehabil. 1999;80(10):1211-8.

Sharp SA, Brouwer BJ. Isokinetic strength training of the hemiparetic knee: effects on function and spasticity. Arch Phys Med Rehabil. 1997;78(11):1231-6.

Bohannon RW, Walsh S. Association of paretic lower extremity muscle strength and standing balance with stair-climbing ability in patients with stroke. J Stroke Cerebrovasc Dis. 1991;1(3):129-33.

Kim CM, Eng JJ. The relationship of lower-extremity muscle torque to locomotor performance in people with stroke. Phys Ther. 2003;83(1):49-57.

Olney S, Elkin N, Lowe P. An ambulation profile for clinical gait evaluation. Physiother Can.1979;31(2):85-90.

Maki T, Quagliato EMAB, Cacho EWA, Paz LPS, Nascimento NH, Inoue MMEA, et al. Estudo de confiabilidade da aplicaçao da Escala de Fugl-Meyer no Brasil. Rev. Bras Fisioter.2006;10(2):177-83.

Podsiadlo D, Richardson S. The timed "Up & Go": a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc. 1991;39(2):142-8.

Mathias S, Nayak US, Isaacs B. Balance in elderly patients: the "get-up and go" test. Arch Phys Med Rehabil. 1986;67(6):387-9.

Teixeira-Salmela LF, Silva PC, Lima RCM, Augusto ACC, Souza AC, Goulart F. Musculaçao e condicionamento aeróbio na performance funcional de hemiplégicos crônicos. Acta Fisiatr. 2003;10(2):54-60.

Goulart F, Santos CC, Teixeira-Salmela LF, Cardoso F. Análise do desempenho funcional em pacientes portadores de doença de Parkinson. Acta Fisiatr. 2004;11(1):12-6.

Downloads

Publicado

2011-09-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Amaral-Natalio M, Nunes G da S, Herber V, Michaelsen SM. Relação entre cadência da subida e descida de escada, recuperação motora e equilíbrio em indivíduos com hemiparesia. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de setembro de 2011 [citado 4º de maio de 2024];18(3):146-50. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103642