Funcionalidade após a cirurgia de quadril: correlação entre equilíbrio, idade, independência e depressão em idosos

Autores

  • Marcela de Abreu Silva Couto Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
  • Rodrigo Reiff Santa Casa de Misericórdia de São Carlos
  • Alessandra Paiva de Castro Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20120007

Palavras-chave:

Equilíbrio Postural, Fraturas do Fêmur, Fraturas do Quadril, Acidentes por Quedas, Idoso

Resumo

Objetivo: Verificar correlações entre a idade e o equilíbrio, a independência, tempo de internação, e a depressão em idosos que sofreram fratura do quadril após quedas. Método: Amostra consecutiva incluiu idosos que sofreram fratura de quadril há até 24 meses. Foram avaliados 14 idosos (12 mulheres e dois homens), com idade média de 78 anos ± 6,9. Foi aplicado um questionário para obtenção de dados gerais, Time Up and Go (TUG test), Escala de Equilíbrio Berg (EEB), Escala de Depressão Geriátrica Abreviada (EDGA), Índice de Barthel e Razão cintura-quadril (RCQ). Foi aplicado ANOVA one-way, teste t e teste de correlação de Pearson com um nível de significância de 5%. Resultados: As médias dos testes: EEB (35,38 ± 33,06), o TUG test (28,40 ± 10,59); a EDGA pré-queda 6,33 ± 1,52; a EDGA pós-queda 7,66 ± 1,52; o RCQ 1,05 ± 0,35 para homens e 0,92 ± 0,12 para mulheres. O Índice de Barthel pré-queda 16, 20 ± 5,4 e o Índice de Barthel pós-queda 15,12 ± 6,78. Quanto maior a idade, maior é o tempo de internação e que não há correlação entre idade e função (IC: 0,643; valor p ≤ 0,013). Houve correlação negativa entre idade e equilíbrio, mas a idade não está relacionada ao nível de depressão (IC: -0,556; valor p ≤ 0,048). Conclusão: Foi verificada correlação positiva entre idade e tempo de internação e correlação negativa entre idade e equilíbrio. Houve a diminuição da pontuação de EEB, aumento do tempo do TUG Test e aumento da RQC.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Kannegaard PN, van der Mark S, Eiken P, Abrahamsen B. Excess mortality in men compared with women following a hip fracture. National analysis of comedications, comorbidity and survival. Age Ageing. 2010;39(2):203-9.

Giversen IM. Time trends of mortality after first hip fractures. Osteoporos Int. 2007;18(6):721-32.

Braithwaite RS, Col NF, Wong JB. Estimating hip fracture morbidity, mortality and costs. J Am Geriatr Soc. 2003;51(3):364-70.

Roche JJ, Wenn RT, Sahota O, Moran CG. Effect of comorbidities and postoperative complications on mortality after hip fracture in elderly people: prospective observational cohort study. BMJ. 2005;331(7529):1374.

Perracini MR, Ramos LR. Fall-related factors in a cohort of elderly community residents. Rev Saude Publica. 2002;36(6):709-16.

Muniz CF, Arnaut AC Yoshida M, Trelha CS. Caracterização dos idosos com fratura de fêmur proximal atendidos em hospital escola público. Esp Saúde. 2007;8(2):33-8.

Berg K, Wood-Dauphinee S, Williams JI. The Balance Scale: reliability assessment with elderly residents and patients with an acute stroke. Scand J Rehabil Med. 1995;27(1):27-36.

Miyamoto ST, Lombardi Junior I, Berg KO, Ramos LR, Natour J. Brazilian version of the Berg balance scale. Braz J Med Biol Res. 2004;37(9):1411-21.

Podsiadlo D, Richardson S. The timed "Up & Go": a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc. 1991;39(2):142-8.

Selby JV, Friedman GD, Quesenberry CP Jr. Precursors of essential hypertension. The role of body fat distribution pattern. Am J Epidemiol. 1989;129(1):43-53.

World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic: report of a WHO consultation. Geneva: WHO; 2000.

Cruice M, Worrall L, Hickson L. Reporting on psychological well-being of older adults with chronic aphasia in the context of unaffected peers. Disabil Rehabil. 2011;33(3):219-28.

Mahoney FI, Barthel DW. Functional evaluation: the Barthel Index. Md State Med J. 1965;14:61-5.

Paixão CM Jr, Reichenheim ME. A review of functional status evaluation instruments in the elderly. Cad Saude Publica. 2005;21(1):7-19.

Sylliaas H, Brovold T, Wyller TB, Bergland A. Progressive strength training in older patients after hip fracture: a randomised controlled trial. Age Ageing. 2011;40(2):221-7.

Kristensen MT, Foss NB, Kehlet H. Timed "up & go" test as a predictor of falls within 6 months after hip fracture surgery. Phys Ther. 2007;87(1):24-30.

Pearse EO, Redfern DJ, Sinha M, Edge AJ. Outcome following a second hip fracture. Injury. 2003;34(7):518-21.

Stewart A, Walker LG, Porter RW, Reid DM, Primrose WR. Predicting a second hip fracture. J Clin Densitom. 1999;2(4):363-70.

Lin PC, Chang SY. Functional recovery among elderly people one year after hip fracture surgery. J Nurs Res. 2004;12(1):72-82.

Morghen S, Bellelli G, Manuele S, Guerini F, Frisoni GB, Trabucchi M. Moderate to severe depressive symptoms and rehabilitation outcome in older adults with hip fracture. Int J Geriatr Psychiatry. 2011;26:1136-43.

Cullum S, Metcalfe C, Todd C, Brayne C. Does depression predict adverse outcomes for older medical inpatients? A prospective cohort study of individuals screened for a trial. Age Ageing. 2008;37(6):690-5.

Hershkovitz A, Kalandariov Z, Hermush V, Weiss R, Brill S. Factors affecting short-term rehabilitation outcomes of disabled elderly patients with proximal hip fracture. Arch Phys Med Rehabil. 2007;88(7):916-21.

Lieberman D, Friger M, Lieberman D. Inpatient rehabilitation outcome after hip fracture surgery in elderly patients: a prospective cohort study of 946 patients. Arch Phys Med Rehabil. 2006;87(2):167-71.

Lenze EJ, Munin MC, Dew MA, Rogers JC, Seligman K, Mulsant BH, et al. Adverse effects of depression and cognitive impairment on rehabilitation participation and recovery from hip fracture. Int J Geriatr Psychiatry. 2004;19(5):472-8.

Arinzon Z, Shabat S, Peisakh A, Gepstein R, Berner YN. Gender differences influence the outcome of geriatric rehabilitation following hip fracture. Arch Gerontol Geriatr. 2010;50(1):86-91.

Di Monaco M, Vallero F, Di Monaco R, Tappero R, Cavanna A. Muscle mass and functional recovery in women with hip fracture. Am J Phys Med Rehabil. 2006;85(3):209-15.

Ogawa H, Oshita H, Ishimaru D, Yamada K, Shimizu T, Koyama Y, et al. Analysis of muscle atrophy after hip fracture in the elderly. Arch Phys Med Rehabil. 2008;89(2):329-32.

Di Monaco M, Vallero F, Di Monaco R, Tappero R, Cavanna A. Fat mass and skeletal muscle mass in hip-fracture women: a cross-sectional study. Maturitas. 2007;56(4):404-10.

Almeida CW, Castro CH, Pedreira PG, Heymann RE, Szejnfeld VL. Percentage height of center of mass is associated with the risk of falls among elderly women: a case-control study. Gait Posture. 2011;34(2):208-12.

Lean ME, Han TS, Morrison CE. Waist circumference as a measure for indicating need for weight management. BMJ. 1995;311(6998):158-61.

Kristensen MT, Ekdahl C, Kehlet H, Bandholm T. How many trials are needed to achieve performance stability of the Timed Up & Go test in patients with hip fracture? Arch Phys Med Rehabil. 2010;91(6):885-9.

Publicado

2012-03-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Couto M de AS, Reiff R, Castro AP de. Funcionalidade após a cirurgia de quadril: correlação entre equilíbrio, idade, independência e depressão em idosos. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de março de 2012 [citado 11º de dezembro de 2024];19(1):32-6. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103678