Dor relacionada à amputação e funcionalidade em indivíduos com amputações de membros inferiores
DOI:
https://doi.org/10.5935/0104-7795.20140023Palavras-chave:
Dor Crônica, Amputação, Extremidade Inferior, MarchaResumo
A presença de dor persistente, seja no coto de amputação, dor fantasma ou no membro contralateral, pode interferir negativamente na obtenção de marcha com prótese no paciente amputado. Objetivo: Investigar a presença de dor relacionada à amputação nos pacientes amputados de membros inferiores em tratamento de reabilitação, avaliar seus status funcionais, sem e com próteses e verificar se há associação entre a presença de dor e a função de marcha. Método: Estudo transversal com 60 pacientes amputados unilaterais de membros inferiores em tratamento em um centro de reabilitação em São Paulo, com investigação de: idade, gênero, tempo decorrido da amputação, nível e etiologia da amputação, numero de comorbidades, presença de dor no coto, no membro contralateral ou fantasma (em caso afirmativo, tipo de dor, intensidade, frequência, fatores de melhora e piora e uso de medicação), protetização, tipo de marcha com prótese (comunitária, terapêutica ou domiciliar) e uso de auxiliares de locomoção e foi feita aplicação da Medida de Independência Funcional (MIF). O método de análise dos dados foi feito por meio de valores absolutos e relativos e testes estatísticos paramétricos (ANOVA) e não paramétricos (igualdade de duas proporções), X2, intervalo de confiança para média de 95% e P-valor < 0,05. Resultados: 73,4% homens, amputados havia 1 ano, no nível transtibial, de etiologia vascular com 2 comorbidades compuseram a amostra de forma estatisticamente significante (p < 0,001). Não houve diferença entre protetizados e não protetizados quanto à dor no coto e dor fantasma, mas houve com relação à dor no membro contralateral, estatisticamente significante nos não protetizados. Embora tenha havido diferença média entre os pacientes protetizados e não protetizados para os três escores da MIF, as mesmas não podem ser consideradas estatisticamente significantes. Conclusão: A maioria dos pacientes amputados unilaterais de membros inferiores em reabilitação na AACD - Lar Escola, na época deste estudo, teve baixa prevalência de dor relacionada à amputação e esta não interferiu na aquisição de marcha com prótese.
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