Resultados de um programa de exercício físico combinado na força muscular e capacidade funcional de um indivíduo com síndrome Pós-Poliomielite: relato de caso

Autores

  • Cristiane Gonçalves Mota Instituto de Medicina Física e Reabilitação - FMUSP https://orcid.org/0000-0001-8596-8712
  • Susana Cristina Oliveira Silva Instituto de Medicina Física e Reabilitação - FMUSP
  • Barbara Vilar Teixeira Instituto de Medicina Física e Reabilitação - FMUSP
  • Fernanda Melo Oliveira Instituto de Medicina Física e Reabilitação - FMUSP
  • Cristiane Vieira Cardoso Instituto de Medicina Física e Reabilitação - FMUSP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v25i3a162646

Palavras-chave:

Síndrome Pós-Poliomielite, Força Muscular, Exercício, Idoso

Resumo

A Poliomielite Anterior Aguda (PAA) é uma patologia causada por um enterovírus, que predominantemente prejudica os neurônios motores inferiores, o que causa a paralisia muscular flácida e assimétrica, principalmente nos membros inferiores e que, tardiamente causa sintomas neuromusculares e declínio funcional denominados como Síndrome Pós-Poliomielite (SPP). Objetivo: Aplicar um programa de exercícios combinado e verificar os resultados na força muscular e capacidade funcional de um indivíduo idoso, com SPP. Métodos: A amostra foi composta por 1 mulher, idade 66 anos, com SPP, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, hipotireoidismo. A força muscular foi mensurada por meio do teste de 7 – 10 repetições máximas (RM). A distância percorrida ao pedalar foi realizada por meio do Teste 12 minutos adaptado e o equilíbrio dinâmico foi avaliado por meio do Timed Up & Go Test. Os exercícios foram realizados em 2 séries de 10 repetições, com intensidade de 60% de 1 RM, por 24 semanas. Resultados: Após 24 semanas, a força muscular de MMII apresentou aumento de 333,3% e a força de MMSS 216,5%. O equilíbrio dinâmico melhorou 34,3%. A distância percorrida ao pedalar aumentou 11,8%. Conclusão: Os dados por nós obtidos sugerem que pessoas com SPP, mesmo que idosas, poderão se beneficiar de um programa de exercícios para aumento da força muscular e melhora da capacidade funcional, porém é importante que outros estudos sejam desenvolvidos para verificar esses resultados em um número maior de pessoas.

Downloads

Referências

Neves MAO, Mello MP, Reis JPB, Rocha J, Rei AM, Antonioli RS. A síndrome pós-polio e o processo de reabilitação motora: relato de caso. Rev Neurocienc. 2007;15(4): 321-5.

Bakker M, Schipper K, Koopman FS, Nollet F, Abma TA. Experiences and perspectives of patients with post-polio syndrome and therapists with exercise and cognitive behavioural therapy. BMC Neurol. 2016;16:23. DOI: https://doi.org/10.1186/s12883-016-0544-0

Voorn EL, Gerrits KH, Koopman FS, Nollet F, Beelen A. Determining the anaerobic threshold in postpolio syndrome: comparison with current guidelines for training intensity prescription. Arch Phys Med Rehabil. 2014;95(5):935-40. DOI: https://doi.org/10.1016/j.apmr.2014.01.015

Baj A, Colombo M, Headley JL, McFarlane JR, Liethof MA, Toniolo A. Post-poliomyelitis syndrome as a possible viral disease. Int J Infect Dis. 2015;35:107-16. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijid.2015.04.018

Cup EH, Scholte op Reimer WJ, Thijssen MC, van Kuyk-Minis MA. Reliability and validity of the Canadian Occupational Performance Measure in stroke patients. Clin Rehabil. 2003;17(4):402-9. DOI: https://doi.org/10.1191/0269215503cr635oa

Voorn EL, Koopman FS, Brehm MA, Beelen A, de Haan A, Gerrits KH, et al. Aerobic exercise training in Post-Polio syndrome: process evaluation of a randomized controlled trial. PLoS One. 2016;11(7):e0159280. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0159280

Ernstoff B, Wetterqvist H, Kvist H, Grimby G. Endurance training effect on individuals with postpoliomyelitis. Arch Phys Med Rehabil. 1996;77(9):843-8. DOI: https://doi.org/10.1016/s0003-9993(96)90268-3

Chan KM, Amirjani N, Sumrain M, Clarke A, Strohschein FJ. Randomized controlled trial of strength training in post-polio patients. Muscle Nerve. 2003;27(3):332-8. DOI: https://doi.org/10.1002/mus.10327

American College of Sports Medicine. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2014.

Brzycki M. Strength Testing - predicting a one-rep max from reps-to-fatigue. J Physical Education, Recreation & Dance. 1993;64:1.88-90. DOI: https://doi.org/10.1080/07303084.1993.10606684

Cooper KH. A means of assessing maximal oxygen intake. Correlation between field and treadmill testing. JAMA. 1968;203(3):201-4. DOI: https://doi.org/10.1001/jama.1968.03140030033008

Podsiadlo D, Richardson S. The timed "Up & Go": a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc. 1991;39(2):142-8. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1532-5415.1991.tb01616.x

Mcardle WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 6 ed. São Paulo: Guanabara Koogan; 2007.

Downloads

Publicado

2018-09-30

Edição

Seção

Relato de Caso

Como Citar

1.
Mota CG, Silva SCO, Teixeira BV, Oliveira FM, Cardoso CV. Resultados de um programa de exercício físico combinado na força muscular e capacidade funcional de um indivíduo com síndrome Pós-Poliomielite: relato de caso. Acta Fisiátr. [Internet]. 30º de setembro de 2018 [citado 13º de maio de 2025];25(3):155-7. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/162646