Validação de conteúdo do Protocolo de utilização da Escala e Régua de Mobilidade (PERMo) na avaliação da mobilidade do paciente pós acidente vascular cerebral na fase hospitalar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v31i1a195035

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Marcha, Destreza Motora, Limitação da Mobilidade, Estudo de Validação, Modalidades de Fisioterapia

Resumo

Limitações de mobilidade em pacientes pós acidente vascular cerebral (AVC) podem ser avaliadas por escalas, desde que tenham validade e confiabilidade confirmadas. Objetivo: Determinar a validade de conteúdo do Protocolo de utilização da Escala e da Régua de Mobilidade (PERMo) na avaliação da mobilidade do paciente pós AVC, na fase hospitalar. Métodos: Estudo observacional, no qual oito especialistas formaram o comitê de experts que avaliaram o conteúdo do PERMo. Para cada item do PERMo ser válido, todos os índices de validade de conteúdo (IVCs) deveriam ser >80%. Resultados: Foram necessários quatro rounds de avaliação do PERMo para confirmar sua validade de conteúdo. No terceiro round, apenas um item do PERMo apresentou IVC de 75%, relacionado a capacidade de rolar do paciente. No quarto round, todos os itens do PERMo foram considerados adequados, com IVCs variando de 88% a 100%. Nos quatro rounds, os experts propuseram alterações no PERMo, condizentes com sua avaliação quantitativa, as quais foram todas acatadas pelos pesquisadores. Conclusão: Os adequados IVCs obtidos na versão final do PERMo apontam o consenso entre os experts em entender que o instrumento é valido para a avaliação da mobilidade de pacientes pós AVC na fase hospitalar.

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Publicado

2024-03-31

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Como Citar

1.
Vargas IMP de, Rodrigues LP, Candotti CT, Dias AS. Validação de conteúdo do Protocolo de utilização da Escala e Régua de Mobilidade (PERMo) na avaliação da mobilidade do paciente pós acidente vascular cerebral na fase hospitalar. Acta Fisiátr. [Internet]. 31º de março de 2024 [citado 21º de novembro de 2024];31(1):1-8. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/195035