Fatores de risco intrínsecos para quedas entre idosos institucionalizados
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v30i2a200273Palavras-chave:
Acidentes por Quedas, Fatores de Risco, Instituição de Longa Permanência para Idosos, Atividades Cotidianas, IdosoResumo
Objetivo: Investigar os fatores de risco intrínsecos para queda entre idosos de duas Instituições de Longa Permanência (ILP) no interior de Minas Gerais/Brasil. Métodos: Foram avaliados 20 idosos com idade média de 79 anos (entre 60-100 anos). Foram aplicadas as escalas de Tinetti e Barthel para avaliação do equilíbrio corporal e independência funcional, respectivamente. A escala de Downton para análise do risco de quedas; a estesiometria, a dinamometria e o teste manual de força muscular para estimar respectivamente, a sensibilidade das mãos e pés, a força de preensão palmar e a força dos músculos de membros inferiores. A análise estatística utilizada foi o teste t-student, o teste de correlação de Pearson, a análise de variância (ANOVA-one way), considerando nível de significância de 5%. Resultados: A média geral do escore da escala de Dowton foi de 4,68 (p<0,05); a do equilíbrio corporal foi de 14,57 pontos (p<0,05), a escala de Barthel foi de 72,36 pontos (p<0,05); a força de preensão palmar foi de 2,73 kg/m² (±3,64) e a média de força em membros inferiores foi de 3,7 kg/m2 (p<0,05). Conclusão: Conclui-se que os idosos avaliados apresentam alto risco de quedas sendo os parâmetros mais comprometidos e responsáveis por este risco, a polifarmácia, desequilíbrio, fraqueza muscular, perda de sensibilidade e dependência funcional.
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