Resultados da imaginação motora no fortalecimento muscular em membro inferior de uma pessoa com sequela pós acidente vascular cerebral: estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v30i4a219033Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral, Hemiplegia, Treinamento de Força, Extremidade Inferior, ReabilitaçãoResumo
A Imaginação Motora (IM) é a representação mental de um ato motor sem a execução real do movimento, e ativa as mesmas áreas cerebrais do movimento real, mesmo na presença de paralisia, perda de membro ou visão, podendo ser utilizado no processo de conservação e estimulação de engramas cerebrais no processo de recuperação motora de um membro paralisado. Método: Homem, 34 anos, hemiplegia direita pós Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico. Realizou exercícios com profissional de Educação Física, duas vezes/semana, 50 minutos/sessão, durante 19 semanas, além do programa convencional de reabilitação multidisciplinar. A intervenção baseou-se na IM para flexão e extensão do joelho do lado paralisado, seguida da tentativa do mesmo movimento ativo. Resultados: Amplitude de movimento ativa (ADM_A) dos flexores do joelho direito iniciou em 217° com carga mínima do equipamento (5 kg). Em seguida, o profissional solicitava ao paciente que imaginasse que estava realizando o movimento e depois tentasse realizá-lo. Após 19 semanas, a ADM_A foi de 112°. Conclusão: Ganhos em ADM_A de 8,48° para a flexão de joelho do hemicorpo paralisado representa uma diferença mínima clinicamente importante em pacientes pós-AVC. A IM aumenta a demanda cognitiva nas áreas motoras cerebrais, aumentando a plasticidade, resultando em ganhos motores que impactam no prognóstico de capacidade e funcionalidade, justificando seu uso como método de treinamento na recuperação pós-AVC. A IM associada ao treinamento de força na reabilitação contribui para a recuperação de sequelas pós-AVC.
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