Epidemiologia das lesões do sistema locomotor em atletas de basquetebol
DOI:
https://doi.org/10.5935/0104-7795.20020002Palavras-chave:
Traumatismos em Atletas, Basquetebol, EpidemiologiaResumo
Este estudo tem o objetivo de identificar as lesões do sistema locomotor mais freqüentes nos atletas de basquetebol, suas características e os segmentos corpóreos mais acometidos. Foram entrevistados 59 atletas entre 18 e 39 anos de sete equipes de São Paulo, por meio de um questionário com dados pessoais, perfil de atuação nos treinos e jogos e histórico das lesões com diagnóstico clínico. No total, foram relatadas 455 lesões, e a lesão mais freqüente foi o entorse do tornozelo, 49 (10,8%). Quanto à fase de ocorrência, 356 (78,2%) das lesões ocorreram na temporada. O momento de ocorrência predominante foi nos treinos, 242 (53,2%). Quanto à gravidade das lesões, 131 (28,9%) de primeiro grau, 171 (37,6% ) de segundo grau e 153 (33,5%) de terceiro grau. Na análise das lesões e da posição do atleta no jogo, os laterais apresentaram como as regiões mais acometidas a face (16,6%) e a coluna dorsolombar (12,8%). Nos pivôs, as regiões mais atingidas foram a face (18,3%), as mãos e os dedos (18,3%) e os joelhos (15%). O tornozelo foi a região mais acometida nos armadores (18,6%) em comparação às outras regiões citadas. As lesões típicas do basquetebol e as regiões mais acometidas foram: 1) os ferimentos nos olhos e na boca, por causa da dinâmica do jogo, da estatura dos pivôs e da atitude dos seus cotovelos; 2) os entorses do tornozelo, por causa da falta de proteção; 3) as tendinites patelares como resultado do supertreinamento; 4) as contusões interfalangeanas, pela disputa constante pela bola; 5) os distúrbios dorsolombares, por causa dos impactos, da agressividade e da postura dos atletas.
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