Desempenho dos segurados no serviço de reabilitação do Instituto Nacional de Seguridade Social

Autores

  • Jerri Estevan Vacaro Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
  • Fleming Salvador Pedroso Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20110007

Palavras-chave:

Trabalhadores, Reabilitação Profissional, Seguridade Social

Resumo

O objetivo principal deste trabalho é verificar o desempenho dos segurados que participaram do programa de reabilitação profissional junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de Porto Alegre/RS. Método: Foram estudados todos os segurados participantes do processo de reabilitação profissional ao longo do ano de 2008 no INSS de Porto Alegre/RS. Por meio do Sistema de Administração de Benefício por Incapacidade e do Cadastro Nacional de Informações Sociais, foram coletadas todas as informações referentes aos seus benefícios e ao programa de reabilitação profissional. Os dados foram tabulados no programa SPSS for Windows 17.0, a partir do qual foram feitas todas as análises. Resultados: Os dados mostraram que 553 (69%) dos segurados eram homens e 249 (31%), mulheres. Quanto à idade, variou entre 18 e 60 anos, com média de 38,9 anos. Inicialmente, 645 (80,4%) estavam empregados e 157 (19,6%), desempregados. Após um ano do término do programa de reabilitação, 29,4% dos segurados estavam trabalhando. Os segurados empregados tiveram um retorno de 40,6% e 76,7% dos desempregados não retornaram ao trabalho. Segurados em benefício por acidente de trabalho retornaram em 58,7 % dos casos e 29,6% dos segurados em auxílio-doença. Os segurados que permaneceram até um ano em benefício tiveram sucesso de 72,4% e com mais de cinco anos, 24,7%. Conclusão: Os segurados empregados, em benefício espécie acidente de trabalho, durante tempo menor em benefício e que foram reabilitados dentro da própria empresa, alcançaram índice maior de retorno ao trabalho se comparados ao índice dos desempregados, com longos benefícios e aqueles cuja empresa não ofereceu outra função.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Seyfried E. Vocational rehabilitation and employment support services. In: Disability and Work. Encyclopedia of Occupational Health and Safety [CD-ROM]. Geneva: International Labour Organization; 1998.

Brasil. Decreto n. 129, de 22 de maio de 1991. Promulga a Convençao n. 159, da Organizaçao Internacional do Trabalho - OIT, sobre Reabilitaçao Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes. Diário Oficial da Uniao, Brasilia (DF); 1991 Maio 22; Seçao I: 9783.

Hensing G, Timpka T, Alexanderson K. Dilemmas in the daily work of social insurance officers. Scand J SOC Welfare. 1997;6:301-9.

Brasil. Lei n. 8213 de 24 de julho de 1991. Dispoe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial da Uniao, Brasília (DF); 1991 Jul 25; Seçao I: 14809.

Maeno M, Vilela RAG. Reabilitaçao profissional no Brasil: elementos para a construçao de uma política pública. Rev Bras Saúde Ocup. 2010;35(121):87-99.

Souza NSS, Estrela T. Evoluçao da morbidade e do perfil dos trabalhadores atendidos em um centro de referência de saúde do trabalhador no Estado da Bahia no período de 1991 a 2000. In: Cadernos de Saúde do Trabalhador. Salvador: Cesat; 2003. p.23-31.

Maeno M, Takahashi MAC, Lima MAG. Reabilitaçao profissional como política de inclusao social. Acta Fisiatr. 2009;16(2):53-8. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v16i2a103055

Brasil. Decreto n. 2172, de 05 de março de 1977. Regulamenta os Benefícios da Previdência Social. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF); 1997 Mar 06; Seçao I:4199.

Cannalonga LS. Projeto de Revitalizaçao da Reabilitaçao Profissional [texto na Internet]. Campinas: Centro Brasileiro de Segurança e Saúde Industrial [citado 2012 Fev 05]. Disponivel em: http://www.proreabilitacao.com.br/?p=pc_leila

Mello LEA. Serviço de (re)habilitaçao do INSS - uma proposta de análise das necessidades e construçao do modelo lógico. In: Lassance Jr. A. Cadernos do Ceam: temas em políticas públicas. Brasília: UNB; 2002. p.87-108.

Watanabe MA. Reabilitaçao é possível: um estudo de caso de uma empresa de economia mista [Dissertaçao]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas; 2004.

Bloch FS, Prins R. Who returns to work and why? A six country study on Work Incapacity and Reintegration. Brunswick: Transaction; 2001.

Ahlgren A, Bergroth A, Ekholm J, Schüldt K. Work resumption after vocational rehabilitation: a followup two years after completed rehabilitation. Work. 2007;28(4):343-54.

Sampaio RF, Silveira AM, Viana SO, Oliveira GBA, Frade F. Implantaçao de serviço de reabilitaçao profissional: a experiência da UFMG. Fisioter Pesqui. 2005;12(2):28-34.

Günther S. Service orientation in health care. Indicators for more quality: the example of occupational accidents. Geneva: ISSA; 2001. p.77-88.

Publicado

2011-12-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Vacaro JE, Pedroso FS. Desempenho dos segurados no serviço de reabilitação do Instituto Nacional de Seguridade Social. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de dezembro de 2011 [citado 24º de novembro de 2024];18(4):200-5. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103666