Frantz Fanon: a violência colonial e a resistência intelectual a partir do documentário Concerning Violence

Resumo

O presente artigo analisa o papel do intelectual argelino, Frantz Fanon na defesa da revolução africana, investigando a sua contribuição nos processos históricos coloniais e nas práticas de resistência negra. Considerada como crítica ao abandono social daqueles que lutaram e sonharam com a igualdade de oportunidades no pós-colonialismo, a escrita de Fanon busca dar voz a todos os excluídos no processo da legitimação do racismo em sua dimensão de violência e de desigualdade estrutural. O estudo também contemplará a questão das diásporas negras no contexto pós-colonial, privilegiando uma literatura produzida do ponto de vista dos intelectuais negros, alguns deles conhecidos e referenciados nos estudos raciais brasileiros.  Como referencial teórico o artigo dialoga, entre outros, com Frantz Fanon ([1961] 2010), em suas reflexões sobre os vícios coloniais na formação nacional; Bell Hooks (2019), Leila Gonzalez (1984) e Sueli Carneiro (2011), em suas reflexões sobre problema da população negra, bem como, nas suas ideologias do branqueamento e seus efeitos na exposição do corpo negro, geralmente sendo discriminada pelo racismo.