Bibliografia decolonial contra ementas hegemônicas: estratégia da negritude ante violências acadêmicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.i44pe215066

Palavras-chave:

racismo, pesquisa, mulheres negras, neutralidade científica

Resumo

Há anos mulheres afro-diaspóricas apresentam evidências de que não existe neutralidade nem na ciência nem na academia (COLLINS, 2016; GONZÁLEZ, 2020; KILOMBA, 2020). Apesar de advertida, tive que ser lembrada do que significa ser forasteira em um curso de mestrado da forma mais forma explícita. A branquitude se desvelou durante a pós-graduação apontando a diferença entre eles e eu com suas ementas eurocêntricas e hegemônicas, apresentadas por um corpo docente majoritariamente branco e incapaz de impedir as microagressões que sofri. O que me possibilitou transcender ao racismo foi minha escolha de dissertação. Ter optado por refletir acerca das (ex)pressões de mulheres negras ante à branquitude se mostrou escurecedor. Graças ao caminho de pesquisa que tenho percorrido nunca mais andei só. Intelectuais negras das mais potentes se tornaram companhia constante, me ensinando não apenas como entrar e permanecer, mas apontando como transformar o ambiente acadêmico.

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Publicado

2023-08-21

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Como Citar

ANJOS, Monique dos. Bibliografia decolonial contra ementas hegemônicas: estratégia da negritude ante violências acadêmicas. África, [S. l.], n. 44, p. e215066, 2023. DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i44pe215066. Disponível em: https://revistas.usp.br/africa/article/view/215066.. Acesso em: 30 out. 2024.