Dirty gossip – misconceptions on Africa and slave history in Njinga, Queen of Angola (2013) by Sérgio Graciano

Misconceptions of Africa and the slave history in Njinga, Queen of Angola (2013) by Sérgio Graciano

Autores/as

  • Carolin Overhoff Ferreira Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.i45p%25p

Palabras clave:

Queen Njinga, slave history, misrepresentation of Africa, contemporary cinema, Angola

Resumen

Queen Njinga was one of Africa's most important political leaders in the 17th century. She fought hard to halt the Portuguese conquest of Angola and the slave trade. Angola produced the film Njinga, Queen of Angola, 2013, as its first highbudget and exclusively national production. We argue that the film is a shallow and stereotyped misrepresentation of Africa and slave history, passing on the dirty gossip of Western colonial historiography. We analyze the falsification of the Ndogno-kingdom’s political organization, ignores slavery, trivializes the conflicts, and obfuscates Njinga’s leadership and resistance against the brutality of enslavement.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Carolin Overhoff Ferreira, Universidade Federal de São Paulo

    Professora associada no Curso de História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) desde 2010. Possui pós-doutoramento sênior pela Universidade de São Paulo. Doutorou-se em Artes Cênicas com uma tese sobre dramaturgia latino-americana, escreveu sua dissertação de mestrado sobre o dramaturgo Howard Barker na Universidade Livre de Berlim. Graduou-se em Teatro/Seminário de Cinema e História da Arte pela mesma universidade, cursando na Universidade de Viena, Áustria, Universidade de Bristol, Grã-Bretanha, e na Universidade Humboldt de Berlim. Foi professora adjunta na Escola das Artes, Universidade Católica Portuguesa, Porto (2000-2007) onde foi coordenadora da graduação e da pós-graduação em Som e Imagem. Atuou ainda como professora convidada na Universidade de Coimbra (2006) e na Universidade Livre de Berlim (1999), foi docente da Universidade Politécnica de Hannover (1995-1999). É autora de Introdução brasileira à teoria, história e crítica das artes (2019), Cinema português – Aproximações à sua história e indisciplinaridade (2013), Identity and difference - Postcoloniality and transnationality in Lusophone films (2012), Diálogos Africanos - um Continente no Cinema (2012) e de Neue Tendenzen der Dramatik Lateinamerikas (1999). Organizou os livros O cinema português através dos seus filmes (2007 e 2014), Dekalog - On Manoel de Oliveira (2008) e Terra em Transe - Ética e Estética no Cinema Português (2012), Manoel de Oliveira – Novas perspectivas sobre a sua obra (2013) e África - um continente no cinema (2014). Publicou artigos sobre cinema e teatro em periódicos como Adaptation, Camera Obscura, Concinnitas, Journal of African Cinema, Latin American Theater Review, Music and the Moving Image, Rebeca, Studies in European Cinema, Third Text, Transnational Cinemas, entre outros.

Referencias

Batsîkama, Patrício. 2011. O Reino do Kongo e aas sua origem meridional. Luanda: Universidade Editora.

______. 2010. “As Origens do reino do Kôngo segundo a Tradição Oral,” Sankofa, Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana, 3 (5): 94-113.

Batsîkama, Raphaël and Patrício Batsîkama. 2011. “Estruturas e Instituições do Kôngo,” Revista de História Comparada, 5 (1): 6-41.

Bella, John. 2011. O regresso da Rainha Njinga. Luanda: O cão que lê.

______. 2013. Os primeiros passos da Rainha Njinga. Luanda: O cão que lê.

______. 2023. Os passos decisivos da Rainha Njinga. Luanda: Editora das Letras.

Birmingham, David. 1965. The Portuguese Conquest of Angola. Oxford: Oxford UP.

Brásio, Padre António. 1952. Monumenta Missionária Africana, África Ocidental (1490–1508), Volume I -XIII, Lisboa: Agência-Geral do Ultramar.

Cadornega, António de Oliveira de. 1940-42. História Geral das Guerras Angolanas, Volume I-III. Lisbon: Agência Geral das Colónias,

Candido, Mariana P. 2013. An African Slaving Port and the Atlantic World: Benguela and its Hinterland, New York: Cambridge University Press.

______. 2014. “Jagas e Sobas no ‘Reino de Benguela’” In África: Históricas Conectadas, edited by Alexandre Vieira Ribeiro, Alexsander Lemos de Almeida Gebara, and Marina Berther, 39-76. Niterói: PPGHistória-UFF.

Cavazzi da Montecuccolo, Giovanni Antonio. 1687. Istorica descrizione de' tre' regni Kongo, Matamba et Angola. Bologna: Giacomo Monti.

______, edited by Heywood, Linda and John Thornton. 2013. Njinga, Rainha de Angola. A relaçâo de Antonio Cavazzi de Montecuccolo (1687). Lisbon: Escolar Editora.

Delgado, Ralph. 1940. História de Angola. Luanda: Banco de Angola.

Diop, Cheikh Anta. 2016. The African Origin of Civilization. Chicago: Chicago Review Press

Dunbar-Ortiz, Roxanne. 2014. An Indigenous peoples’ history of the United States of America. Boston: Beacon Press.

Fonseca, Mariana Bracks. 2012. Njinga Mbandi e as guerras de resistência em Angola. Século XVII. PhD thesis. Universidade de São Paulo.

______. 2023 “Prefácio.” In John Bella. 2023. Os passos decisivos da Rainha Njinga. Luanda: Editora das Letras.

Fernandes, Mauzambi Vuvu. 2005. “Introdução.” In NZinga – os descendentes. Kiesse/Oslo. Coimbra: Minerva.

Fu-Kiau, Kimbwandende K. B. 2001. African Cosmology of the Bantu-Kongo – Principles of Live and Living. [Place of publication not identified]: African Tree Press.

Gaeta, Antonio da. 1669. La maravigliosa conversione allá Santa Fede di Cristo della Regina Singa e del suo Regno di Matamba nellAfrica méridionale. Napoli: Francisco Maria Gioia. Steiner Verlag.

Heintze, Beatrix. 1985. Fontes para a historia de Angola do século XVII, vol. 1. (Memorias, relaçôes e outras manuscritos da coletânea documental de Fernão de Sousa [1622-1635]). Stuttgart: Franz.

______. 2007a. “The Extraordinary Journey of the Jaga Through the Centuries: Critical Approaches to Pre-colonial Angolan Historical Sources,” History in Africa, 34: 67-101.

______. 2007b. Angola nos séculos XVI e XVII. Estudos sobre fontes, métodos e História. Luanda: Ministério da Cultura,

Heywood, Linda. 2017. Njinga of Angola: Africa’s Warrior Queen, Boston: Harvard University Press.

______. 2020. “Njinga”. Dictionary of African Christian Biography. Access: https://dacb.org/stories/angola/njinga/.

______; John Thornton. 2007. Central Africans, Atlantic Creoles, and the foundation of the Americas, 1585-1660. Cambridge: Cambridge University Press.

Hilton, Anne. 1981. “The Jaga Reconsidered,” The Journal of African History, 22 (2): 191–202.

Jackson, John G. 1939. Ethiopia and the origin of civilization. Ravenio Books.

Lingna Nafafé, 2022. Lourenço da Silva Mendonça and the Black Atlantic Abolitionist Movement in the Seventeenth Century. New York: Cambridge University Press.

Macedo, J. R. 2013. “Jagas, Canibalismo e ‘Guerra Preta’: os Mbangalas entre os mitos europeus e as realidades sociais da África Central do século XVII,” História, 32:1: 53-78.

Miller, Joseph C. 1973. “Requiem for the Jaga,” Cahiers d’Etudes Africaines, xiii (1): 121–49.

______. 1975. “Njinga of Matamba in a New Perspective,” The Journal of African History, 16 (2): 201-216.

Mudimbe, Valentin-Yves. 1988. The Invention of Africa: Gnosis, Philosophy and the Order of Knowledge, Bloomington and Indianapolis: Indiana Press University.

Obeyesekere, Gananath. 2005. Cannibal Talk: The Man-Eating Myth and Human Sacrifice in the South Seas. Los Angeles: California University Press.

Oyëwùmi, Oyèrônké. 1997. The Invention of Women. Making an African Sense of Western Gender Discourses. Minneapolis: University of Minneapolis.

Pantoja, Selma. 2010. “O ensino da historia africana: metodologías e mitos - o estudo de caso da rainha Njinga Mbandi”. Revista Cerrados, 19 (30): 315-328.

______. 2012. “Revisitando a Rainha Njinga: Historias e mitos das Historias”. In A Rainha Njinga Mbandi: Historia, Memoria e Mito, edited by Inocência Mata. Lisboa: Colibri: 115-145.

Parreira, Adriano. 1997. Ecnomia e sociedade na éposa da rainha Jinga. (corrigir grafia) (Século XVII). Lisbon: Editorial Estampa.

Rodney, Walter. 1970. History of the Upper Guinea Coast: 1545-1800, Oxford: Clarendon Press.

______. 1973. How Europe Underdeveloped Africa, Bogle-L’Ouverture Publications, London: and Tanzanian Publishing House, Dar-Es-Salaam.

Serbin, Edouard; and Silva Joubeaud. 2017. Njinga Mbandi: Rainha De Ndongo e Matamba - Colecao Serie Unesco Grades Mulheres da Historia Africana. Campinas: Editora Cereja.

Skidmore-Hess, Cathy Jean. 2013. “Njinga of Matamba and the Politics of Catholicism.” In Women and religion in the Atlantic age, 1550-1900, edited by Emily Clark and Mary Laven. New York: Routledge.

______. 1995. Queen Njinga, 1582–1663: Ritual, Power and Gender in the Life of a Pre-Colonial African Ruler (Angola). PhD thesis. Madison: University of Wisconsin.

Souza, Marina de Mello. 2009. “A rainha Jinga de Matamba e o Catolicismo: África Central, século XVII.” In Nos caminhos do imaginário, edited by Marlyse Meyer. São Paulo: EDUSP.

______. 2020. Além do Visível. Poder, Catolicismo e Comércio no CKongo e em Angola (Século XVI e XVII). São Paulo: Edusp.

Thornton, John. 1991. “Legitimacy and Political Power: Queen Njinga, 1624–1663,” The Journal of African History, 32 (1): 25-40.

Trouillot, Michel-Rolph. 2015. Silencing the Past. Boston, Massachusetts: Beacon Press.

Vansina, Jan. 1966. “More on the Invasion of Kongo and Angola by the Jaga and the Lunda,” The Journal of African History, 7 (3): 421-429.

Wiredu, Kwasi. 1996. Cultural universals and particulars – An African perspective. Bloomington: Indiana University Press.

Publicado

2025-12-29

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

FERREIRA, Carolin Overhoff. Dirty gossip – misconceptions on Africa and slave history in Njinga, Queen of Angola (2013) by Sérgio Graciano: Misconceptions of Africa and the slave history in Njinga, Queen of Angola (2013) by Sérgio Graciano. África, [S. l.], n. 46, p. 1–30, 2025. DOI: 10.11606/issn.2526-303X.i45p%p. Disponível em: https://revistas.usp.br/africa/article/view/231447.. Acesso em: 31 dec. 2025.