A Mais Recôndita Memória dos Homens de Mohamed Mbougar Sarr
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.i45p%25pPalabras clave:
Literatura Africana contemporânea; narrativa híbrida; autoria; intertextualidadeResumen
O estudo analisa o romance A Mais Recôndita Memória dos Homens (2023), de Mohamed Mbougar Sarr, destacando sua construção híbrida que articula o romance de formação e o pós-moderno, em ruptura com o romance autobiográfico. Evidenciam-se influências de Roberto Bolaño e Yambo Ouologuem, bem como a centralidade da intertextualidade nos debates sobre colonialismo, identidade e autoria na literatura africana contemporânea. De natureza bibliográfica e abordagem qualitativa interpretativista, fundamenta-se em Dilthey (1985), Moretti (2000), Lejeune (2008), Hutcheon (1989) e Genette (1972). Conclui-se que a obra transcende a perspectiva africana ao problematizar questões universais, consolidando-se como exemplo do diálogo entre tradição formativa e experimentação pós-moderna.
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Referencias
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