Os lusoafricanos e etnorurais disputam o poder na Guiné-Bissau
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.v0i24-26p119-145Mots-clés :
disputa de poder, conflito, tensão política, etnias rurais, elite crioula (lusoafricanos), unipartidarismo, pluripartidarismo, Guiné-Bissau.Résumé
Neste trabalho procuraremos mostrar como a complexidade da composição étnica e a falta da devida atenção a esta complexidade transformou-se numa das causas centrais da dificuldade do processo da construção da nação e da instabilidade política freqüente da Guiné-Bissau. Este fenômeno persiste e perpassa o período colonial (até 1974), pós-colonial, período do partido único, PAIGC – Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (1974 1994) e ainda no período do pluralismo partidário. Depois das eleições pluripartidárias no leste europeu e do vento das mudanças ter atingido o continente africano, o partido no poder aprovou um novo diploma legislativo que instituiu o pluripartidarismo no país desde 1991 e marcou as primeiras eleições gerais pluripartidárias para 1994. A relação entre a elite luso-africana (crioula) e as etnorurais (etnias rurais) tem sido complexa e de difícil apreensão. Centraremos a nossa atenção na análise e descrição das principais tensões políticas surgidas entre as elites luso-africanas e as lideranças etnorurais, aqui entendidas como o enfrentamento da elite crioula, urbanizada e letrada, com a liderança espiritual e política tradicional das etnias que ainda vivem nas tabancas (aldeias).##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
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Publiée
2009-12-09
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Artigos
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Os lusoafricanos e etnorurais disputam o poder na Guiné-Bissau. África, [S. l.], n. 24-26, p. 119–145, 2009. DOI: 10.11606/issn.2526-303X.v0i24-26p119-145. Disponível em: https://revistas.usp.br/africa/article/view/73949.. Acesso em: 21 mai. 2024.