Construção do espaço museal:
ciência, educação e sociabilidade na gênese do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi (1895-1914)
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-02672018v26e15Palavras-chave:
Coleção Viva, Jardim Botânico, Museus de Natureza, MusealizaçãoResumo
O artigo analisa a construção do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi durante a gestão de seus idealizadores, Emílio Goeldi (1895-1907) e Jacques Huber (1907-1914). Embora o parque constitua hoje uma área orgânica e ocupe todo um quarteirão no centro de Belém, Pará, ele foi concebido como dois anexos distintos do museu, o jardim zoológico e o horto botânico, situados, cada um, em lados opostos ao prédio principal da instituição. Esses anexos foram criados a partir da desapropriação, transformação e ressignificação de terrenos, edificações e vegetais que já existiam no local. Tendo como pontos de partida o conceito de musealidade e as questões que fundamentam a criação e o funcionamento dos museus, o texto se desenvolve em quatro narrativas – comunicacional e educativa, científica, lazer e sociabilidade, doméstica – que entendemos como matrizes que deram forma e organizaram o espaço museal. Essas narrativas permitiram estudar a gênese da identidade institucional, a qual, em sua essência, se perpetua até a atualidade.
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