Lina Bo Bardi e a experiência da restauração no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28e10Palavras-chave:
Restauração, Arquitetura Moderna, Lina Bo Bardi, Patrimônio cultural, Restauração arquitetônica, BrasilResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar e aprofundar uma avaliação histórica e crítica da contribuição de Lina Bo Bardi à cultura arquitetônica brasileira e internacional, em particular para os fundamentos e a prática da restauração. A delimitação temporal se estende da década de 1960, quando a arquiteta projeta e executa a restauração do Solar do Unhão, em Salvador, adaptando-o para abrigar o Museu de Arte Moderna da Bahia, até a década de 1990, quando realiza suas últimas obras, antes de sua morte em 1992. A análise de algumas obras selecionadas, dentre as duas dezenas de projetos de restauração realizados, pretende contribuir, primeiramente, para identificar a coerência interna de sua produção, bem como para ponderar as transformações ocorridas ao longo do tempo. Pretende-se também explorar o diálogo que Lina Bo Bardi estabelece entre o ambiente italiano, as teorias da restauração e a prática brasileira. Por fim, objetiva-se que a análise proposta contribua para uma oportuna revisão da historiografia da arquitetura moderna paulista e brasileira, bem como colabore na construção da história da preservação do patrimônio cultural no país.
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