Cinderelas, bailarinas e a vida longa das galanterias
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-02672019v27e27Palavras-chave:
Cultura material, Estudos de gênero, Porcelana Rebis, Fête GalanteResumo
O artigo discute a constituição da identidade feminina associada à exibição do corpo. A sexualização da questão deixou esquecida uma matriz de longa tradição, a etiqueta aristocrática francesa do século XVIII. Uma das estratégias sociais de conservação desse repertório cenográfico se deu com a produção de esculturas representando cenas da aristocracia que ficaram conhecidas como fêtes galantes. Tais objetos estão associados a uma rede de representações que abrangem o balé clássico e os filmes e desenhos animados presentes no imaginário de crianças e adultos.
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