How words draw borders: the meanings of “paulista” in Pedro Taques’ nobility titles from mid-18th century
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-02672022v30e37Keywords:
Paulistas, Pedro Taques de Almeida Paes Leme, São Paulo (captaincy), Imaginary, Representations, GenealogiesAbstract
Pedro Taques de Almeida Paes Leme’s nobility titles, dated from mid-18th century until his death, in 1777, were written during a period of intense redefinition of the captaincy of São
Paulo’s relations with the Portuguese Crown and the colony as a whole. After its administrative subordination to Rio de Janeiro (1748-1765) and amidst border negotiations between Spanish and Portuguese America for the signing and implementation of the Treaty of Madrid (1750), the Paulistas (inhabitants of São Paulo) sought to expand the recognition of their conquests and consequently gain more benefits. Articulating politics, territorial definitions, and both past
and contemporary relations with indigenous groups, Taques writes hundreds of requests for recognition of nobility for the main families of São Paulo. By systematically analyzing the remaining genealogies, one can observe the narrative strategies employed by such requests and the builtin meanings of a particular and limited group within this population: the “paulistas”. This paper examines these nobility titles in their writing and by extraction of quantitative data, circumscribing the establishment of certain values, backgrounds and habits exclusively to said “paulistas”—and
not to all the captaincy population—, subverting century old legends and documents that painted them as a violent, cruel, and insubordinate group. Lastly, this resignification will be instrumental to the 20th century historical construction of the bandeirante mythology, which generalizes the association between these men and a common ethos shared by all paulistas.
Downloads
References
FONTES IMPRESSAS
ACTAS DA CAMARA DA VILLA DE S. PAULO, v. VII, 1679-1700, São Paulo. Atas […]. São Paulo:
Archivo Municipal de S. Paulo, 1915.
ACTAS DA CAMARA MUNICIPAL DE S. PAULO, v. VIII, 1701-1719, São Paulo. Atas […]. São
Paulo: Archivo Municipal de S. Paulo, 1916.
LEME, Pedro Taques de Almeida Paes. Nobiliarquia Paulistana Histórica e Genealógica. Belo
Horizonte; São Paulo: Itatiaia; Edusp, 1980. 3 t.
LIVROS, ARTIGOS E TESES
ABUD, Katia Maria. O sangue intimorato e as nobilíssimas tradições: a construção de um
símbolo paulista: o bandeirante. 1985. Tese (Doutorado em História Social) – Universidade de
São Paulo, São Paulo, 1985.
ARAÚJO, Maria Lucília Viveiros. Os caminhos da riqueza dos paulistanos na primeira metade
do oitocentos. São Paulo: Hucitec, 2006.
BASSO, Rafaela. A cultura alimentar paulista: uma civilização do milho? (1650-1750). São
Paulo: Alameda, 2014.
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Autoridade e conto no Brasil colonial: o governo do Morgado
de Mateus em São Paulo (1765-1775). São Paulo: Alameda, 2007.
BICALHO, Maria Fernanda Baptista. Conquista, Mercês e Poder Local: a nobreza da terra na
América portuguesa e a cultura política do Antigo Regime. Almanack Braziliense, São Paulo,
n. 2, p. 21-34, nov. 2005. DOI: 10.11606/issn.1808-8139.v0i2p21-34.
BLAJ, Ilana. A trama das tensões: o processo de mercantilização de São Paulo colonial (1681-
. São Paulo: Humanitas, 2002.
BORREGO, Maria Aparecida de Menezes. A teia mercantil: negócios e poderes em São Paulo
colonial. São Paulo: Alameda, 2010.
CORTESÃO, Jaime Zuzarte. Alexandre de Gusmão & o Tratado de Madrid. São Paulo: Imprensa
Oficial, 2006 [1953-1963]. 2 t.
CORTESÃO, Jaime Zuzarte. Jesuítas e bandeirantes no Guairá (1549-1640). Rio de Janeiro:
Biblioteca Nacional, 1951.
FONSECA, Cláudia Damasceno. Arraiais e vilas d’El Rei: espaço e poder nas Minas setecentistas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.
FURTADO, Júnia Ferreira. Homens de negócio: a interiorização da metrópole e do comércio
nas Minas setecentistas. São Paulo: Hucitec, 2006.
KOBELINSKI, Michel. Heroísmos, sedições e heresias: A construção do ufanismo e do
ressentimento nos sertões da capitania de São Paulo (1768-1774). 2008. Tese (Doutorado em
História e Sociedade) – Universidade Estadual Paulista, Assis, 2008.
MACHADO, José de Alcântara. Vida e morte do bandeirante. Belo Horizonte; São Paulo:
Itatiaia; Edusp, 1980 [1929].
MADRE DE DEUS, frei Gaspar da. Memórias para a história da capitania de São Vicente. Belo
Horizonte; São Paulo: Itatiaia; Edusp, 1975 [1797].
MONBEIG, Pierre. Pioneiros e fazendeiros de São Paulo. São Paulo: Hucitec-Polis, 1998 [1952].
MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo.
São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
MONTEIRO, Nuno Gonçalo. O “ethos” nobiliárquico no final do Antigo Regime: poder
simbólico, império e imaginário social. Almanack Braziliense, São Paulo, n. 2, p. 4-20, nov.
DOI: 10.11606/issn.1808-8139.v0i2p4-20.
MOOG, Vianna. Bandeirantes e pioneiros: paralelo entre duas culturas. Rio de Janeiro: Graphia, 2000 [1955].
MORSE, Richard. Formação histórica de São Paulo: de comunidade à metrópole. São Paulo:
Difel, 1970.
OLIVAL, Fernanda. As ordens militares e o estado moderno: honra, mercê e venalidade em
Portugal (1641-1789). Lisboa: Estar, 2001.
RIBEIRO, Fernando V. Vilas do planalto paulista: a criação de municípios na porção meridional
da América Portuguesa (séc. XVI-XVIII). 2015. Tese (Doutorado em História Econômica) –
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
ROMEIRO, Adriana. Paulistas e emboabas no coração das Minas: idéias, práticas e imaginário
político no século XVIII. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
RUSSELL-WOOD, Anthony. Identidade, etnia e autoridade nas Minas Gerais do século XVIII:
leituras do Códice Costa Matoso. Varia Historia, Belo Horizonte, v. 15, n. 21, p. 100-118, jul. 1999.
SANTOS, Amália Cristovão dos. A expulsão do sertão: elites paulistas, entre o imaginário e o
território (1749-1841). 2018. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2018.
SCHNEIDER, Alberto Luiz. Os paulistas e os outros: fama e infâmia na representação dos
moradores da capitania de São Paulo nas letras dos séculos XVII e XVIII. Projeto História, São
Paulo, n. 57, p. 84-107, set./dez. 2016.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no
Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
SILVA, Rodrigo da. Sobre taipas e textos: um estudo sobre as narrativas a respeito da cidade
de São Paulo (1772-1953). 2009. Dissertação (Mestrado em História Social) – Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2009.
SOUZA, Laura de Mello e. O sol e a sombra: política e administração na América portuguesa
do século XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
SOUZA, Laura de Mello e. Vícios, virtudes e sentimento regional: São Paulo, da lenda negra à
lenda áurea. Revista de História, São Paulo, n. 142-143, p. 261-276, 2000. DOI: 10.11606/
issn.2316-9141.v0i142-143p261-276.
TAUNAY, Afonso d’Escragnolle. Pedro Taques e seu tempo: estudo de uma personalidade e uma época. São Paulo: Officinas do Diário Official, 1923.
TAUNAY, Afonso d’Escragnolle. Prefácio. In: LEME, Pedro Taques de Almeida Paes. Nobiliarquia
Paulistana Histórica e Genealógica. Belo Horizonte; São Paulo: Itatiaia; Edusp, 1980. t. 1, p. 11-36.
TURNER, Frederick Jackson. Rereading Frederick Jackson Turner: “The Significance of the Frontier in American History” and Other Essays. New York: Henry Holt and Company, 1994 [1893].
VIEIRA, Antônio. Escritos instrumentais sobre os índios. São Paulo: Educ, 1992.
VILARDAGA, José Carlos. São Paulo na órbita do Império dos Felipes: conexões castelhanas
de uma vila da América portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640). 2010. Tese (Doutorado em História Social) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Amália Cristovão dos Santos

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
