As origens do Museu Paulista na Universidade de São Paulo: de unidade complementar a museu universitário
DOI:
https://doi.org/10.11606/1982-02672025v33e29Palavras-chave:
História, Museus de história, Museus universitáriosResumo
Desde sua criação, o Museu Paulista da Universidade de São Paulo (MP-USP) estabeleceu-se como local de pesquisa e criação de conhecimento. Inicialmente, sendo o primeiro museu público do estado de São Paulo, fundado em 1893 e aberto ao público em 1895, foi incorporado à USP desde a fundação da universidade em 1934 como uma das unidades complementares de caráter técnico-científico. Em 1963, o Museu do Ipiranga foi oficialmente transferido na qualidade de museu, juntamente com o Museu Republicano “Convenção de Itu”. Na mesma década, a USP absorveu outros acervos de grande relevância que hoje integram os museus estatutários da universidade junto do MP-USP – o Museu de Zoologia (MZ-USP), o Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP) e o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE-USP). Entende-se aqui que essa incorporação revela um desejo intencional da USP de incorporar coleções para afirmar-se como expoente da modernização do país. Este artigo busca apresentar a relação da universidade com os interlocutores nesse momento fundacional do MP-USP, com especial atenção ao envolvimento dos primeiros diretores do museu, Afonso Taunay (1876-1958), Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) e Mário Neme (1912-1973). O artigo pontua o uso do acervo como fonte de estudo em disciplinas acadêmicas realizadas desde os anos 1940, as iniciativas de gestão que tiveram como objetivo estruturar o museu universitário em seu início e a contribuição da instituição para o desenvolvimento da museologia enquanto disciplina e campo de conhecimento.
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