O uso do aço na preservação e renovação do patrimônio histórico: um estudo de caso do Museu Janete Costa em Niterói, RJ
DOI:
https://doi.org/10.11606/1982-02672025v33e35Palabras clave:
Restauração, Aço, Patrimônio, Janete Costa, Museu, ReabilitaçãoResumen
Este artigo investiga o uso do aço em edifícios patrimoniais. Tem como estudo de caso o edifício que abriga o Museu Janete Costa, projetado por Mauro Costa Santos e inaugurado em 2013. Tombado pelo patrimônio de Niterói, o edifício passou por processo de restauro e ampliação, no qual o aço desempenhou um papel essencial na compatibilização entre preservação e modernização. Tem por finalidade analisar a recuperação estrutural desses dois edifícios históricos (geminados), que foram transformados em museu, com o objetivo de investigar os métodos de intervenção utilizados e como o uso do aço auxiliou e potencializou as modificações que foram realizadas. Analisa as intervenções realizadas, com destaque para a aplicação das principais teorias do restauro, com ênfase na teoria de Cesare Brandi. Demonstra sua pertinência na revitalização arquitetônica e no uso do aço. Investigou as formas de intervenção empregadas e como o aço potencializou as modificações estruturais para proporcionar estabilidade, funcionalidade e preservação do edifício histórico. Além de sua resistência e versatilidade, o aço se apresenta como uma solução sustentável, alinhada aos princípios da reversibilidade. Ainda reduz resíduos, minimiza a necessidade de novos materiais e permite que o espaço possua grandes vãos e que tenha o contraste esperado entre antigo e novo. Espera-se que este estudo contribua para incentivar novas pesquisas e ampliar a adoção dessa abordagem no mercado da construção civil, a fim de promover intervenções compatíveis com a preservação do patrimônio arquitetônico.
Descargas
Referencias
Fontes impressas
ALVES, Gisele. Casarão da Cultura: proposta de intervenção. Niterói: Departamento de Preservação do Patrimônio Cultural (DEPAC), 2005.
BRASIL. Ministério da Cultura. Carta de Veneza. 2º Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos dos Monumentos Históricos, reunidos em Veneza, 25 a 31 de maio de 1964. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 22, p. 106-107, 1987.
BRASIL. Ministério da Cultura. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Carta de Atenas de 1931. Disponível em: http://bit.ly/46aICAM. Acesso em: 5 abr. 2025.
CARTA DO RESTAURO, 1972. Conferência de Nara. In: CURY, Isabelle. (Org.). Cartas Patrimoniais. Brasília, DF: Iphan, Coleção Edições do Patrimônio, 2004.
Livros, artigos e teses
ALBRECHT, Clarissa Ferreira. Sustentabilidade na revitalização de centros urbanos. Análise do Plano de Reabilitação do Hipercentro de Belo Horizonte sobre os critérios do LEED. 2008. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2008.
ALMEIDA, Carlota Coelho Pires de. Análise e reabilitação estrutural de um edifício. 2012. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil, Especialização em Estruturas) – Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto, 2012.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.
CAMPOS, Luiz Eduardo T. Técnicas de recuperação e reforço estrutural com estruturas de aço. 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.
CERÁVOLO, Ana Lúcia. Lina Bo Bardi e a experiência da restauração no Brasil. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 28, p. 1–37, 2020. DOI: 10.1590/198202672020v28e10.
CERQUEIRA, Ana Rita M. Reabilitação de edifícios históricos. 2018. Relatório de Estágio (Mestrado em Engenharia Civil – Ramo de Construções) – Instituto Superior de Engenharia do Porto, Porto, 2018.
FARIA, Juliana Prestes Ribeiro de. Patrimônio cultural edificado e expografia: perspectivas, críticas e possibilidades em três museus da Praça da Liberdade, Belo Horizonte. 2021. Tese (Doutorado em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável) – Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2021.
LANZINHA, João Carlos G. Reabilitação de edifícios: metodologia de diagnóstico e intervenção. Covilhã: Fundação Nova Europa, 2013.
MARINGONI, Heloisa Martins. Princípios de arquitetura em aço. Coletânea do uso do aço. Vol. 4. São Paulo: IBS – Instituto Brasileiro de Siderurgia, 2004.
KÜHL, Beatriz Mugayar. Cesare Brandi e a teoria da restauração. PosFAUUSP, São Paulo, Brasil, n. 21, p. 197–211, 2007. DOI: 10.11606/issn.2317-2762.v0i21p197-211.
RUSKIN, John. A lâmpada da memória. Cotia: Ateliê Editorial, 2008.
MUÑOZ-VIÑAS, Salvador. Contemporary theory of conservation. Oxford: Elsevier, ButterworthHeinemann, 2005.
TEOBALDO, Izabela Naves Coelho. Estudo do aço como objeto de reforço estrutural em edificações antigas. 2004. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) – Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2004.
VIOLLET-LE-DUC, Eugène Emmanuel. Restauração. Cotia: Ateliê Editorial, 2006.
Sites
MUSEU JANETE COSTA promove oficinas artísticas para crianças neste sábado. Prefeitura de Niterói, Niterói, 14 fev. 2025. Disponível em: http://bit.ly/45QTIcR. Acesso em: mar. 2025.
RESTAURO DO PRÉDIO do Museu Janete Costa. Cultura Niterói, Niterói, 2013. Disponível em: https://www.culturaniteroi.com.br/blog/janete/2190. Acesso em: jan. 2025.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Renata Freire Machado Bastos, Orlando Celso Longo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
