Arquivo em disputa: uma genealogia semântica do espólio de Sérgio Buarque de Holanda
DOI:
https://doi.org/10.11606/1982-02672025v33e45Palabras clave:
Sérgio Buarque de Holanda, Arquivo pessoal, Biblioteca, USP, UnicampResumen
Este artigo examina a construção da memória e da bibliografia sobre Sérgio Buarque de Holanda, com foco na organização e destinação de seu arquivo pessoal e biblioteca após sua morte, em 1982. O arquivo pessoal e a biblioteca do historiador foram vendidos para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que desempenhou um papel central na preservação de sua memória. O texto explora as disputas institucionais e os atores envolvidos nesse processo, destacando o papel de figuras como Maria Amélia Buarque de Holanda e Antonio Candido de Mello e Souza na organização e controle da imagem do historiador. A análise aborda três temporalidades distintas na interpretação de sua obra: a consolidação da imagem de Buarque como intelectual e ensaísta nos anos 1960; a formalização de sua memória após sua morte nos anos 1980; e, por fim, as revisões críticas de sua obra a partir dos anos 1990, quando novos acadêmicos e instituições passaram a redefinir os usos de seu arquivo e sua importância histórica.
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