A oposição aos pavilhões do parque Ibirapuera (1950-1954)
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-47142009000200014Palavras-chave:
Urbanismo paulistano, Criação do parque Ibirapuera, Oposição aos pavilhões do Ibirapuera, IV Centenário de São PauloResumo
Este artigo trata das disputas em torno da realização do parque Ibirapuera, na primeira metade da década de 1950, quando a Prefeitura Municipal de São Paulo, com o apoio do Governo do Estado, decidiu implementá-lo, com o propósito de nele sediar as comemorações do seu 400º aniversário de fundação. O Ibirapuera é considerado o primeiro parque metropolitano de São Paulo. Foi construído em 1954, momento em que a cidade arvorava a condição de "metrópole moderna". Com 1.584.000 m² de área total, localizado junto a bairros nobres, o parque foi equipado com um conjunto de edifícios desenhados por Oscar Niemeyer, destinados a abrigar exposições comemorativas. Sua construção ensejou uma série de manifestações de oposição, consolidadas em torno de um grupo que teve franca representação em diversos meios institucionais e de comunicação. Posteriormente, no entanto, essa oposição foi totalmente silenciada tanto pelos agentes sociais envolvidos no processo quanto pela bibliografia sobre o assunto. Procura-se, aqui, levantar as questões em torno de tal oposição, com vistas a estabelecer um contraponto ao caráter comemorativo da própria fundação da cidade, permitindo a superação do olhar celebratório e de elogio do progresso paulistano. Essa investigação delineia um campo de conflitos e disputas, indicando que, naquele momento, não havia continuidade entre a celebração do aniversário da cidade e a modernidade dos pavilhões do Ibirapuera, mas sim uma série de embates políticos de relevância para o urbanismo em São Paulo, que merecem ser recuperados.Downloads
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Publicado
2009-12-01
Edição
Seção
Estudos de Cultura Material
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Como Citar
BARONE, Ana Cláudia Castilho. A oposição aos pavilhões do parque Ibirapuera (1950-1954) . Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 295–316, 2009. DOI: 10.1590/S0101-47142009000200014. Disponível em: https://revistas.usp.br/anaismp/article/view/5523.. Acesso em: 21 nov. 2024.