A cena, a performer, a coisa, a sala de aula: notas metodológicas

Autores

  • Tarina Quelho Universidade de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v12i1p36-53

Palavras-chave:

Somática, Presença, Performer, Identidade, Sentido de si

Resumo

Este artigo é uma tentativa de iniciar uma discussão sobre a potência da percepção do sentido de si como um modo de articular a crise da representação nas artes cênicas, no ponto de fricção entre presença e identidade. Por meio da descrição de práticas somáticas para o estudo das sensações básicas de peso, volume, contorno e movimento, assim como o exercício do reenactment como dispositivo de leitura de si, o artigo buscar refletir sobre a possibilidade de organizar conceitos políticos como corpo, promovendo a criação de um campo aberto em que presença e identidade possam talvez ser compreendidas em fluxo e afetar-se mutuamente.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Tarina Quelho, Universidade de São Paulo.

    Professora orientadora de Arte Dramática da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Referências

BAINBRIDGE COHEN, Bonnie. Sentir, perceber, agir: educação somática pelo método Body Mind Centering. São Paulo: Edições Sesc, 2015.

BISHOP, Claire. Black Box, White Cube, Gray Zone: Dance Exhibitions and Audience Attention. The Drama Review, Cambridge, v. 62, n. 2, p. 22-42, 2018.

BLACKMAN, Lisa. Immaterial bodies: affect, embodiment, mediation. Londres: Sage, 2012.

BROWN, Wendy. In the ruins of neoliberalism: the rise of antidemocratic politics in the west. Nova York: Columbia University Press, 2019.

DAMÁSIO, António. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

DELEUZE, Gilles, GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996.

FOUCAULT, Michel. O corpo utópico, as heterotopias. São Paulo: N-1 Edições, 2013.

FRANKO, Mark. The oxford handbook of dance and reenactment. Oxford: Oxford University Press, 2017.

JUHAN, Dean. Job’s body: a handbook for bodywork. Nova York: Barrytown, 2003.

LEPECKI, André. The body as archive: will to re-enact and the afterlives of dances. Dance Research Journal, Cambridge, v. 42, n. 2, p. 28-48, 2010.

MALZACHER, Florian. (ed.). Not just a mirror: Looking for the political theater of today. Berlim: House on Fire, 2015.

MANNING, Erin. Propositions for a radical pedagogy, or how to rethink value. In: LEANDER, K., EHRET, C. Affect in literacy learning and teaching. Nova York: Routledge, 2019.

MASSUMI, Brian. O que os animais nos ensinam sobre política. São Paulo: N-1 Edições, 2021.

MASSUMI, Brian. Parables for the virtual: movement, affect, sensation. Durham: Duke University Press, 2002.

MOTEN, Fred, HARNEY, Stefano. The undercommons: fugitive planning and black study. Nova York: Autonomedia, 2013.

NÖE, Alva. Varieties of presence. Cambridge: Harvard University Press, 2012.

PORGES, Stephen. The polyvagal theory. Nova York: W. W. Norton and Company, 2011.

RAINER, Yvone. The mind is a muscle. Cambridge: MIT Press, 2007.

ROJO, Paz. To dance in the age of no future. Estocolmo: Stockholms konstnärliga högskola, 2019.

ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: N-1 Edições, 2018.

Downloads

Publicado

2022-06-30

Como Citar

Quelho, T. (2022). A cena, a performer, a coisa, a sala de aula: notas metodológicas. Revista Aspas, 12(1), 36-53. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v12i1p36-53