Performar a existência para instaurar a presença: uma reflexão sobre a criação artística de uma mulher autista que vivia telenovelas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v14i2p153-174Palavras-chave:
autismo, teatro, diversidade, pertencimento, instauraçãoResumo
Este artigo analisa uma prática artístico-pedagógica realizada com crianças e jovens autistas na Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Guarujá (APAAG) entre 2021 e 2022, com ênfase no caso de uma mulher autista cujo hiperfoco em telenovelas impulsionou sua criação artística. Com base em referenciais teóricos de Fernand Deligny, Susanne Langer e Bertolt Brecht, argumenta-se que o teatro se estabelece como um espaço de instauração de existências diversas, favorecendo o pertencimento e ampliando as possibilidades expressivas. O estudo adota uma abordagem qualitativa, utilizando um estudo de caso e análise de um processo criativo. As reflexões apresentadas indicam que práticas abertas e diversificadas permitem a afirmação da identidade e a valorização das múltiplas formas de ser no mundo.
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